Elsa Cordeiro (PSD) e José Pacheco (PS) são os vice-presidentes da candidatura do socialista José Apolinário à presidência da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve .
As primeiras eleições indiretas para este organismo estão marcadas para 13 de Outubro e, no Algarve, é praticamente certo que só haverá uma lista, ainda que o anúncio oficial só vá acontecer para a semana.
A votos, vão José Apolinário e José Pacheco, candidatos a presidente e vice-presidente, respetivamente.
O terceiro elemento do executivo será nomeado pelo Governo e será «Elsa Cordeiro, que é o nome indicado pelo PSD», revelou ao Sul Informação José Apolinário.
«Fizemos um acordo e com o PSD o nome que será indigitado para ser nomeado pelo Governo será o de Elsa Cordeiro», acrescentou o candidato.
Este acordo foi de âmbito nacional e determinou que as CCDR do Algarve, Alentejo e Lisboa e Vale do Tejo ficarão na mão dos socialistas e as do Centro e Norte irão para o PSD – apesar de no Alentejo não se ter chegado a consenso.
O mais que provável próximo presidente da CCDR algarvia disse, ainda, que a sua candidatura «foi subscrita por autarcas maioritariamente do PS, mas também do PSD».
José Pacheco, o ex-administrador regional da Agência Portuguesa do Ambiente já é, atualmente, vice-presidente da CCDR algarvia, por nomeação do Governo, e foi vereador da Câmara de Faro num executivo socialista.
Já Elsa Cordeiro foi deputada do PSD à Assembleia da República, entre 2011 e 2015, e candidata à presidência da Câmara de Tavira, em 2017, pelo mesmo partido.
Apesar do apoio alargado, José Apolinário vai começar hoje em Alcoutim um périplo pela região que, não sendo propriamente uma ação de campanha, pode ser vista como uma operação de charme.
«Independentemente de haver aqui um acordo, quisemos manter encontros com membros dos executivos, das Assembleias Municipais e Juntas de Freguesia, concelho a concelho. A ideia é ir a todos, embora ainda não estejam agendados encontros nos 16 municípios do Algarve», revelou.
Para José Apolinário, o facto do presidente e do vice-presidente da CCDR passarem a ser eleitos pelos autarcas das diferentes regiões «reforça a necessidade de haver uma articulação e concertação entre a comissão e as autarquias».
«Estas reuniões são para fomentar a participação e, por outro lado, identificar os contributos para a missão da CCDR que resultam destas reuniões», disse o até há bem pouco tempo secretário de Estado das Pescas.
No futuro, o candidato a presidente da CCDR do Algarve preconiza «uma maior articulação não só com as autarquias, mas também com as diferentes entidades desconcentradas quie estão na região».
Este último desígnio passa, no fundo, por dar uma nova dinâmica ao «Conselho Regional Interserviços, que funciona na CCDR».
«Aumentar a coordenação entre os diferentes serviços desconcentrados é absolutamente indispensável para melhorar a resposta do Estado na região», acredita José Apolinário.
Desta forma, o trabalho da CCDR Algarve poderá ir muito além «da questão da gestão dos fundos europeus e do Ordenamento do Território», as competências em que esta entidade mais se focava, até agora.
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