Os clubes profissionais de futebol, reunidos hoje, 30 de Setembro, em assembleia geral, subscreveram uma declaração conjunta em que reclamam pelo «fim da discriminação em relação às demais atividades económicas» e em que solicitam «o regresso imediato do público aos estádios».
«O futebol profissional pretende que as autoridades de saúde aceitem o regresso imediato do público aos estádios de futebol, pois cada um deles foi vistoriado e aprovado pelas autoridades e cumprirá escrupulosamente as regras que a saúde pública impõe», referem os clubes na declaração conjunta.
Os clubes da I e II Liga reiteram ainda «total e absoluta disponibilidade para continuar a promover as campanhas que levam aos cidadãos de todo o país a informação necessária para o combate à Covid-19» e defendem que «o futebol não existe sem público e não abdicam desse direito».
Na declaração conjunta, os clubes/sociedades desportivas recordam ainda que «o futebol tem sido um exemplo na prevenção dos comportamentos de risco e na promoção dos bons comportamentos no combate à pandemia de Covid-19».
«Isso ficou bem demonstrado pelos clubes da II Liga que aceitaram não completar a competição suspensa em virtude da pandemia e pelos clubes da I Liga que assumiram os graves custos impostos pelo plano de testagem», refere a nota.
A estas situações os clubes somam «as campanhas de sensibilização dentro e fora de campo» e, sem pretender «reclamar o prémio correspondente», exigem apenas «um tratamento paritário com as demais atividades, designadamente da área dos espetáculos não desportivos».
«Desde logo porque o futebol espetáculo depende da presença do público e a própria sustentabilidade das sociedades desportivas profissionais – empresas dispersas por todo o país e empregadores de referência nas suas comunidades – depende do regresso progressivo e cauteloso do público aos estádios», referem.
A declaração conjunta foi divulgada no final da assembleia geral da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), em que foi aprovado por unanimidade o Relatório e Contas do exercício de 2019/20, que apresenta um resultado líquido de 1,260 milhões de euros e ratificado o novo edifício sede.