Odemira exige ao Governo intervenção urgente nas estradas nacionais degradadas

Pavimentos degradados, troços sinuosos, falta de sinalização vertical e horizontal, falta de asfalto, depressões e ausência de vias pedonais são os problemas detetados

Paços do Concelho de Odemira – Foto: Elisabete Rodrigues | Sul Informação

A Assembleia Municipal de Odemira manifestou de novo o seu «desagrado pela falta de compromisso» do Governo em resolver a degradação da rede viária nacional que atravessa aquele concelho alentejano.

Numa moção apresentada pelos eleitos do PS e aprovada por unanimidade em reunião da Assembleia Municipal, os deputados municipais criticam «a evolução em sentido negativo» de um processo que se arrasta há «dois anos», depois de terem sido detetados problemas em vários troços que «careciam de intervenção urgente».

A moção recorda que o concelho de Odemira, que é o maior município português em área, «não dispõe de qualquer ligação em troços de autoestrada, itinerário principal (IP) e/ou itinerário complementar (IC), sendo servido pelo atravessamento das estradas nacionais 120 (Lisboa-Lagos), e 263 (Beja-Odemira)», numa extensão de aproximadamente 176 quilómetros.

Os deputados municipais do PS, CDU, PSD e BE «exigem a manutenção das EN existentes e que estejam reunidas as condições básicas de circulação«, já que o cenário é de pavimentos degradados, troços sinuosos, falta de sinalização vertical e horizontal, falta de asfalto, depressões e ausência de vias pedonais.

Em causa estão, entre outros, os troços entre São Luís, Odemira e São Teotónio (EN 120), numa extensão de 48 quilómetros, São Martinho das Amoreiras, Luzianes-Gare e Odemira (EN 123), com 39 quilómetros, e Relíquias e Odemira (EN 263), com 18 quilómetros, além da via que liga Luzianes-Gare, Santa Clara-a-Velha e Nave Redonda, com 25 quilómetros.

Foram ainda detetados problemas nas vias entre Garvão, no concelho de Ourique, Santa Luzia, Colos e Cercal do Alentejo (Santiago do Cacém), na EN 389, ao longo de 17 quilómetros, na ligação entre Vila Nova de Milfontes e Cercal do Alentejo (EN 390), com nove quilómetros, e no troço entre Vila Nova de Milfontes e Odemira (EN 393), numa extensão de 21 quilómetros.

Os deputados municipais alertaram ainda para «fortes depressões» devido «ao enorme tráfego de viaturas pesadas», na EN 120, ligação entre Boavista dos Pinheiros, o extremo da freguesia de São Teotónio e a ligação ao Algarve, responsável pelo «aumento da sinistralidade rodoviária» no concelho de Odemira.

Na moção acrescenta que a Câmara de Odemira, de maioria socialista, já mostrou «total abertura e vontade de cooperar», além de ter manifestado junto do Ministério das Infraestruturas e Habitação e da entidade gestora da rede viária nacional, a empresa Infraestruturas de Portugal, «as suas enormes preocupações nesta matéria».

«Também a Assembleia Municipal tem feito chegar sucessivamente moções sobre esta matéria e o que se verifica, neste momento, é um crescente descontentamento generalizado, não só por parte da população como também por parte dos órgãos», acrescenta.

«O território de Odemira, que tanto impacto tem no PIB nacional, tem que ser olhado de forma estratégica por quem gere as infraestruturas e economia deste país, tomando medidas de priorização de projetos e investimentos em matéria de acessibilidades», conclui a moção aprovada por unanimidade, na mais recente reunião da Assembleia Municipal.

 

Clique aqui para ler a Moção na íntegra (PDF)

 



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