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A taxa de utilização de papel reciclado na indústria papeleira subiu 1.5% face a 2018 e atingiu o valor mais alto de sempre. Um marco histórico que acompanha o crescimento da taxa da reciclagem de papel, que aumentou para os 72%, face aos 71,7% em 2018.

Luís Veiga Martins, secretário-geral da CELPA, a associação portuguesa da indústria papeleira, sublinha que “estes resultados são excecionais e confirmam o empenho e o compromisso na sustentabilidade, na promoção da economia circular, quer dos consumidores quer da indústria. Ambos estão sintonizados na importância da reciclagem, adoptando comportamentos que permitem resultados históricos.”

Os dados compilados pela CEPI – Associação Europeia da Indústria Papeleira mostram ainda que 84.2% da madeira consumida pela indústria é de origem europeia, o que faz da produção de papel e de cartão um produto verdadeiramente ‘Made in Europe’. Sendo de salientar que da madeira utilizada, 24% é também ela proveniente de fontes circulares, nomeadamente resíduos de serralharias e outras indústrias que têm na madeira a sua matéria-prima.

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A produção dos associados da CEPI, em que se inclui a portuguesa CELPA e associações similares de mais 17 de países europeus, manteve-se estável no ano passado, demonstrando uma posição robusta nos mercados de destino. Da produção total, 22% destina-se a mercados fora da Europa.

No segmento pasta, a produção cresceu 6,1% em 2019, fruto de avultados investimentos para aumentar a sua capacidade e as exportações dispararam 48%.

Luís Veiga Martins avisa, no entanto, que “nos primeiros cinco meses deste ano, e devido ao impacto da pandemia Covid-19, a produção de papel e cartão recuou 4,5%, ainda assim um valor relativamente pequeno, face à queda de 20,4% do conjunto das indústrias transformadoras. O efeito da Covid-19 na indústria da pasta e do papel foi menos pronunciado do que noutros sectores devido à resiliência intrínseca da nossa área”.

No ano passado, o consumo de papel e de cartão caiu ligeiramente na sequência do abrandamento da economia na União Europeia, contudo, a procura doméstica por produtos de higiene em papel manteve-se relativamente alta nos primeiros meses deste ano e o segmento das embalagens também está a beneficiar do aumento do comércio electrónico.

O secretário-geral da CELPA revela que “a pandemia pode trazer novas oportunidades, por exemplo, no segmento da embalagem. Mudanças nos modelos de produção são expectáveis, já que a atual crise expôs a falta de resiliência da economia europeia. Neste sentido, aumentar a produção industrial na Europa será um fator positivo para o sector papeleiro.”

No período de confinamento, a prioridade da indústria papeleira foi garantir que os produtos, nomeadamente alimentares, de saúde e de higiene, chegavam aos consumidores. A indústria da pasta e do papel esteve a trabalhar em pleno e articulou-se com as restantes indústrias para garantir a segurança e transporte apesar das restrições impostas pelo confinamento.

Já este ano, o desempenho do sector vai sofrer o impacto da contração económica do PIB, tanto na União Europeia como na Zona Euro e que a Comissão Europeia estima em -8,3% e -8,7%, respetivamente.

No entanto, para o próximo ano a economia da União Europeia já deverá crescer 5,8% e a da Zona Euro 6,1%, o que permite uma perspectiva positiva para a indústria do papel e do cartão.

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