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«É essencial um reforço do financiamento à ciência e à inovação» no Algarve. As palavras são de Adelino Canário, diretor do Centro de Ciências do Mar (CCMar) da Universidade do Algarve (UAlg), um dos proponentes de um manifesto nacional que junta cientistas e empresários na luta para que, «no novo normal», a ciência e a inovação sejam «centrais» em Portugal. 

Na lista de 50 proponentes há dois algarvios: Adelino Canário e Isabel Palmeirim, presidente do departamento de Ciências Biomédicas e Medicina na UAlg e diretora do Mestrado Integrado em Medicina.

No manifesto lê-se que «cientistas, empresários e gestores uniram-se num apelo à definição de estratégias visionárias de desenvolvimento económico e social alicerçadas numa forte aposta em ciência e inovação».

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O documento, que foi enviado ao primeiro-ministro e que está agora aberto à subscrição por todos, defende uma tomada de posição urgente para relançar o futuro de Portugal.

Ao Sul Informação, Adelino Canário disse que decidiu ser um dos proponentes «porque a importância da ciência para o país é evidente».

«Este é um manifesto que também integra empresas, o que mostra a importância destas áreas para o país, para a Europa e para a região do Algarve», acrescentou.

A altura escolhida para fazer este manifesto teve um propósito bem definido. «Achámos que era o momento certo. Estamos numa altura em que a Europa vai definir o próximo pacote de fundos comunitários», enquadrou.

 

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Edifício da Universidade do Algarve onde funciona o CCMar

 

No manifesto lê-se como num «momento em que, no Conselho Europeu, decorrem as negociações para a definição do orçamento do Programa Quadro Europeu (Horizonte Europa, 2021-2027), já com um possível corte de 5 mil milhões de euros, e em que em Portugal será debatido o Plano de Recuperação Económica e Social (2020-2030), é urgente uma tomada de posição assente em estratégias que coloquem a investigação e a inovação nas prioridades nacionais e europeias».

Para o Algarve em particular, o momento também é «o ideal», acredita Adelino Canário.

«O Algarve tem de mudar de estratégia e agora parece-me a altura ideal porque estamos a entrar numa crise. A ciência e a tecnologia ganharem mais importância é a base da reflexão. Os investigadores continuam precários, o financiamento é inconstante e é necessário mudar isto», considerou o diretor do CCMar.

Numa região que «é a que recebe menos financiamento», urge «identificar outras alternativas», além do turismo.

«Temos de identificar alternativas com uma uma sociedade baseada na ausência de poluição, atraindo empresas e investimentos nessa área e isso anda de mãos dadas com uma aposta na investigação e na ciência», explicou.

O professor catedrático da Universidade do Algarve realça, por fim, como, nesta altura da pandemia da Covid-19, Portugal viu a «importância dos centros de investigação, num momento particularmente difícil de saúde pública».

O manifesto, que pode ser lido e assinado aqui, já conta com centenas de assinaturas, de professores e investigadores de todo o país, alguns deles pertencentes à UAlg.

 

 

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