O Algarve «está a ser prejudicado por focos de infeção na zona de Lisboa» e a decisão de excluir o país da lista de destinos seguros do Reino Unido deve ser «revogada o mais rapidamente possível». Esta é a opinião de Elidérico Viegas, presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve.
Ouvido pelo Sul Informação, este responsável disse que a decisão, conhecida hoje, 3 de Julho, «é profundamente injusta».
«O Algarve passou quase ao lado da pandemia e esta decisão é tomada ao arrepio de critérios objetivos. Há destinos concorrentes que são considerados seguros, em Espanha ou na Grécia, e que, quando comparados com o Algarve, estão a quilómetros de distância», considerou.
Elidério Viegas acredita mesmo que a região está a ser prejudicada pela atual situação na zona da Grande Lisboa, onde se tem registado a grande parte dos casos de Covid-19 em todo o país.
«O impacto disto é enorme, não apenas nas empresas como em toda a economia do país. Os britânicos representam cerca de 6 milhões de dormidas por ano e quase 50% do tráfego de passageiros do Aeroporto de Faro são britânicos. Este é um grande rombo na região», disse ainda.
O responsável pela AHETA realça que «haverá turistas britânicos que continuarão a vir para o Algarve», mas «não será a mesma a coisa».
Para Elidérico Viegas, não há outra solução que não «a revogação desta medida».
«Portugal, através dos canais próprios e nas mais altas esferas da governação, deve promover ações e estratégias que levem à revogação da medida», considerou.
E isso é possível? «O que quero é que possa acontecer o mais rapidamente», concluiu.
João Fernandes, presidente do Turismo do Algarve, também já reagiu à exclusão de Portugal da lista publicada pelo Reino Unido de países seguros para viajar, considerando-a «particularmente injusta».
Já João Soares, representante da Associação da Hotelaria de Portugal no Algarve, disse ao nosso jornal que esta exclusão «é um duro golpe para a hotelaria e para todas as atividades que estão ligadas ao turismo».
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