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Há quase seis anos em Portugal, Ryan Gauld vinha a mostrar-se essencialmente um jogador tecnicista, evidenciando um pé esquerdo requintado e uma forma muito ortodoxa de conduzir a bola, passá-la e desenvencilhar-se de situações complicadas, com classe e alguns pormenores deliciosos.

Em poucas palavras, o antigo defesa sportinguista José Eduardo disse que o escocês tinha o “andar dos predestinados”, ou seja, aquele jeito sempre em pezinhos de lã e uma grande suavidade em todas as suas ações.

No Sporting fez, portanto, crescer água na boca às bancadas de Alvalade, mas nunca foi verdadeiramente aposta dos três treinadores com que se cruzou – Marco Silva, Jorge Jesus e José Peseiro – e, verdade seja dita, não terá sido por acaso. Na segunda metade de 2016 viveu uma boa fase quando José Couceiro apostou nele como médio interior do Vitória de Setúbal, fazendo valer os atributos do britânico de frente para o jogo, mas quando estava a ganhar embalagem voltou à estaca zero depois de Bruno de Carvalho ter ordenado o seu regresso na sequência de uma derrota dos leões antes os sadinos na Taça da Liga.

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Na época seguinte esteve cedido ao Desportivo das Aves, mas não foi feliz, apesar de ter conquistado a Taça de Portugal. Porém, a qualidade não desapareceu.

Na temporada passada voltou a ver uma boa sequência de jogos, desta vez ao serviço do Farense de Rui Duarte, ser interrompida com uma nova cedência, aos escoceses do Hibernian, pelos quais não foi feliz.

Demasiados passos em falso levaram-no a perder algum valor de mercado e a ganhar o rótulo de promessa adiada. O Sporting desistiu dele, facilitou a rescisão e Ryan Gauld decidiu voltar ao Farense.

No regresso ao São Luís, mostrou o melhor que já se tinha visto dele em termos técnicos e o melhor que ainda não se tinha visto dele em termos de comportamentos defensivos e de finalização. Ryan Gauld perdeu definitivamente aquele jeito de menino tímido e já cerra o punho e range os dentes. Se com a bola nos pés trata-a com carinho, sem bola luta por ela até à exaustão, sobretudo quando atua em posições que lhe exigem mais responsabilidade defensiva, como segundo médio ou ala. É incrível a melhoria que revela nesse aspeto.

 

 

Porém, o baixinho escocês (1,65 m) que chegou a apelidado – e marcado por essa comparação – de Baby Messi não melhorou apenas defensivamente. Também tem vindo a encher o peito e a assumir cada vez mais a condução e definição das jogadas, revelando uma veia goleadora que ainda não tinha exibido em Portugal.

Nesta época leva já nove golos em 21 jogos na II Liga, seis dos quais nas derradeiras três partidas do campeonato – e oito nas últimas sete -, tendo bisado na visita ao Vilafranquense e apontado um hat trick na receção ao Académico Viseu. É o melhor marcador do Farense e o sexto melhor da competição. Aos 24 anos, já envergou a braçadeira de capitão e caminha para a definitiva afirmação.

 

Fonte: https://davidjosepereira.blogspot.com/2020/03/ryan-gauld-farense-zerozero.html

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