Cinco residências artísticas vão devolver a vida à aldeia mineira do Lousal ao longo de um ano. O projeto EXTRAI – Arte e Comunidade em Ação será apresentado publicamente este sábado, às 16h00, no auditório do Centro Ciência Viva desta localidade do concelho de Grândola.
Este projeto «propõe trabalhar o papel social e cultural que a memória mineira e as suas organizações representaram e ainda significam para o imaginário da região, através da criação de cinco residências artísticas estendidas ao longo de um ano, que têm as artes visuais na sua expressão pública como ferramenta para o trabalho social», segundo a Câmara de Grândola.
O Lousal tem a sua história ligada à exploração mineira da pirite desde o final do século XIX. O encerramento da mina ocorreu em 1988. A história da povoação «reflete-se hoje na memória de uma estrutura urbana marcada pela radical transformação da paisagem ao longo do tempo».
«Hoje, a aldeia enfrenta sérios problemas socioculturais e demográficos provocados pelo fim da atividade mineira. A população está envelhecida, e verifica-se uma grande falta de coesão social e de oferta de emprego», enquadrou a autarquia.
O projeto EXTRAI «propõe-se contrariar esta realidade, através de uma candidatura submetida à Direção Geral das Artes no domínio da “Programação e Desenvolvimento de Públicos” (concurso para “Apoio a Projetos – Programação e Desenvolvimento de Públicos 2019”), em parceria com as entidades formais existentes, procurando implementar um programa de valorização identitária do território através da arte pública, com o envolvimento comunitário do Lousal».
O projeto é financiado pela Direção Geral das Artes, Município de Grândola e a Associação Cultural OUTRA. O EXTRAI tem ainda como parceiros a Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, Ciência Viva – Centro Ciência Viva do Lousal, Casa do Povo de Azinheira dos Barros – Centro Comunitário do Lousal e Freguesia de Azinheira dos Barros, que apoia institucionalmente a iniciativa.
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