Montemor agradece «contributo inigualável» às artes do recém-falecido Carlos Cebola

Dramaturgo, encenador, teatrólogo e poeta Carlos Cebola faleceu a 4 de Fevereiro.

A Câmara de Montemor-o-Novo emitiu um voto de pesar pela morte de Carlos Tomás Cebola, dramaturgo, encenador, teatrólogo e poeta falecido a 4 de Fevereiro.

A autarquia fez questão de deixar «o agradecimento público pelo contributo inigualável dado no domínio da literatura e das artes ao concelho de Montemor-o-Novo e ao país», e de prestar «a sua homenagem ao escritor e ao Homem».

Carlos Cebola nasceu em 1928 em Nisa, mas há muito estava radicado em Montemor-o-Novo, local onde casou e onde viveu desde 1965.

No «rico percurso do professor Carlos Cebola», a Câmara destaca « a colaboração nos jornais “O Montemorense” e “A Folha de Montemor”, a vasta obra dramática que escreveu – “Três Tardes de Três Outonos”, ” A Cigarra e a Formiga”, “A Acácia do Quintal”, “O Retrato de Marcelo”, “Quinto Mandamento”, (peça que seria proibida pela Censura durante cerca de dois anos), “Barbeiro de… Patilha”, a “Tasca”, paródias carnavalescas às óperas “Barbeiro de Sevilha” e “Tosca”, 3 peças de teatro infantil”, “Frei Adão Dinis”, “Tamar”, “In(e)vasões”, “Frei Adão”, entre muitos outros textos dispersos e outros livros.

A autarquia realça, igualmente, a peça “João Cidade”, que estreou a 8 de Março de 1964, no palco da Pedrista, com encenação do próprio autor e interpretada pelos atores do GAT – Grupo de Amadores Teatrais do Círculo Montemorense, regressando a Cena em 1995, no Cineteatro Curvo Semedo, numa encenação de Vitor Guita.

A partir de 2016 deixa de escrever para teatro, após ter terminado a atualização da sua primeira peça, “Três Tardes de Três Outonos” escrita há 60 anos. Continuou, no entanto, a escrever poesia. Todos anos, pelo Natal, escreveu um poema inédito integrado na iniciativa “Cantares ao Menino”, promovida pelo Coral de S. Domingos e pela Câmara Municipal.

Comentários

pub