Santiago do Cacém quer saber medidas do Governo para resolver problemas do Hospital

Autarquia mostra-se preocupada com o estado do Hospital do Litoral Alentejano

A Câmara de Santiago do Cacém questionou Marta Temido, ministra da Saúde, sobre quais são as medidas de fundo a ser tomas pelo Governo para resolver os problemas que «se arrastam desde a abertura do Hospital do Litoral Alentejano (HLA)». 

Em simultâneo, a Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL) solicitou à ministra da Saúde uma reunião, tendo em consideração o agravamento dos problemas sentidos pelas populações desta região na área dos cuidados de saúde.

Álvaro Beijinha, presidente da Câmara de Santiago do Cacém, considera que «os problemas no Hospital do Litoral Alentejano têm vindo a agravar-se». Exemplo dessa situação «foram os recentes casos na urgência pediátrica, entre outros», atira.

«Perante esta situação resolvemos enviar um ofício à ministra da Saúde para nos inteirarmos das medidas que estão a ser tomadas para a resolução dos problemas. Porque sentimos que a resposta que foi encontrada para a situação registada durante o Natal e Ano Novo não é uma solução de fundo: em linguagem médica são apenas paliativos», acrescenta.

«Ouvimos a ministra da Saúde, na comunicação social, a dizer que o Governo está a adotar medidas para a resolução dos problemas, mas no HLA a situação tem-se agravado, com cada vez menos profissionais de saúde nas várias especialidades, com a agravante de que ao nível de cuidados primários, na região, sabemos que há um conjunto de médicos prestes a reformar-se», diz ainda.

Esta situação preocupa não só o executivo da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, como também as restantes autarquias do Litoral Alentejano servidas por este hospital, «que abrange uma população de 100 mil pessoas, à qual se juntam os milhares de trabalhadores do complexo industrial de Sines, que. não sendo habitantes da região, lá permanecem largos períodos de tempo e, durante os meses de Verão, os turistas que nos visitam».

Em nota de imprensa, a autarquia diz que «acompanha com preocupação as notícias veiculadas, não só pela comunicação social mas também, pelo que lhe vem sendo transmitido pelos munícipes/utentes, respetiva Comissão de Utentes, Comissão de Saúde da Assembleia Municipal e sindicatos dos profissionais de saúde, sobre a situação dos cuidados médicos prestados na Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano, em particular, sobre o encerramento da urgência pediátrica do Hospital do Litoral Alentejano no final do ano de 2019 e de funcionar com médicos indiferenciados em vez de médicos pediatras como é devido».

A estes problemas acresce a falta de meios humanos e profissionais qualificados, algo «que muito preocupa a Câmara Municipal».

Perante estas questões, a autarquia conclui dizendo que «aguarda, com a brevidade possível, uma resposta que é essencial para as populações do Litoral Alentejano».

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