Relíquias acolheu os seus novos vizinhos, um grupo de refugiados dos Camarões

«A nossa casa é o Planeta! Todos temos o direito de cá estarmos, todos somos irmãos», disse o presidente da Junta de Freguesia

As gentes da Freguesia de Relíquias receberam, a 10 de Janeiro, na Cooperativa do Povo, os seus novos vizinhos, um grupo de seis refugiados oriundos dos Camarões (África), a residirem na aldeia desde o Natal.

O grupo foi trazido para Tamera, uma comunidade há muito radicada na freguesia de Relíquias, pela organização “Melhor Mundo Camarões”, que pretende resolver os problemas de segregação existentes no país e aumentar a resiliência às alterações climáticas.

Eles são refugiados do seu país, onde, nos últimos anos, tem havido um aumento da violência e das tensões entre diferentes grupos.

 

 

O presidente da Junta de Freguesia, Daniel Balinhas, abriu este evento e acolheu o grupo de camaroneses: «é um prazer tê-los cá na nossa freguesia de Relíquias, que é a nossa casa», recorda a reportagem em áudio da RIO – Rádio Internacional Odemira.

«Vão ter o apoio que for possível da parte da Junta de Freguesia São bem vindos pelo povo português de Relíquias. Nós, seres humanos, temos de nos ajudar uns aos outros quando há necessidade. A nossa casa é o Planeta! Todos temos o direito de cá estarmos, todos somos irmãos», acrescentou o autarca daquela freguesia do interior de Odemira.

 

 

Mas como surgiu este grupo de camaroneses em Relíquias? Tudo começou com Joshua Konkankoh, da organização “Melhor Mundo Camarões”, que veio para a Tamera para fazer um curso sobre retenção de água. Mais tarde vieram outros cinco jovens.

Fátima Teixeira, em declarações à RIO, explica que estas «seis pessoas de Camarões, que estavam em Tamera há alguns meses, mudaram-se para Relíquias no Natal. Obviamente, que seis pessoas de África, num meio pequeno e rural como é Relíquias, causam alguma estranheza às pessoas. Por isso nós, Tamera, pensámos: é bom fazer um evento de apresentação publica, para explicar às pessoas o que estão eles aqui a fazer».

«Uma cooperativa, onde as pessoas da aldeia vêm fazer compras a toda a hora, é o sítio perfeito para explicar às pessoas porque é que estão seis africanos aqui, a morar em Relíquias», acrescentou Fátima Teixeira, em declarações à Rádio Internacional Odemira.

Oiça aqui a reportagem completa da RIO – Rádio Internacional de Odemira:

 

 

Nota: Este é mais um artigo que resulta da colaboração do alentejo.sulinformacao com a Rádio Internacional Odemira (RIO).

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