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Proteger as ilhas-barreira, «sem as quais a Ria Formosa não seria o que é hoje». Este é o grande objetivo do novo projeto LIFE que será apresentado esta terça-feira, 4 de Fevereiro, no Centro de Educação Ambiental de Marim, em Olhão.

O projeto é coordenado pela Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) que irá trabalhar em conjunto com o RIAS/Aldeia, Animaris, Instituto de Conservação da Natureza e Florestas e Universidades do Algarve e de Coimbra.

A iniciativa é lançada na semana em que se comemora o Dia Internacional das Zonas Húmidas (2 de Fevereiro) e após a primeira reunião do IPCC, na Universidade do Algarve.

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As ilhas-barreira são um conjunto de cinco ilhas (Barreta, ou Deserta, Culatra, Armona, Tavira e Cabanas) e duas penínsulas (Ancão e Cacela) que, como o nome indica, formam uma barreira entre o mar e a Ria Formosa.

«Os contornos destes extensos corpos dunares estão constantemente a ser redefinidos pelos agentes naturais de dinâmica costeira», explica a SPEA.

Este projeto LIFE Ilhas Barreiras servirá para avaliar «como esta dinâmica poderá ser afetada pelas alterações climáticas – informação importante para a conservação da Ria Formosa, para as pessoas que vivem nalgumas das ilhas e para as espécies que dependem deste ecossistema especial», acrescenta.

«Além da sua importância para manter a Ria Formosa, as ilhas-barreira são elas próprias um importante refúgio para algumas aves marinhas: a ilha Deserta é o único local do nosso país onde nidifica a gaivota-de-audouin, e as ilhas albergam populações importantes de chilreta.

O LIFE Ilhas Barreira irá estudar o estado das populações destas espécies, bem como a dinâmica entre as gaivotas e as dunas e a avaliar a necessidade de medidas de conservação. O projeto vai também promover o uso sustentável destas ilhas junto das comunidades locais e dos visitantes, ambicionando envolver todas as escolas dos cinco municípios da Ria Formosa em centenas de atividades de sensibilização ambiental.

Ao largo das ilhas-barreira, a ameaçada pardela-balear e diversas aves marinhas procuram alimento em áreas importantes de pesca. Neste projeto, investigadores e ambientalistas irão trabalhar de perto com pescadores para evitar que estas aves fiquem presas nas artes de pesca.

O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, através da Direção Regional da Conservação da Natureza e das Florestas do Algarve, afirma que «este é mais um projeto que vem acrescentar conhecimento científico, envolvendo e capacitando a sociedade civil para a salvaguarda e proteção dos valores naturais na Ria Formosa».

«Estas ilhas são muito mais que uma proteção. São fonte de vida que atrai turistas e chilretas, e sustenta pescadores e gaivotas. Juntos, podemos garantir que continuem a sê-lo», diz Joana Andrade, coordenadora do projeto e do Departamento de Conservação Marinha da SPEA.

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