A Câmara de Aljustrel quer uma intervenção «urgente» na Estrada Nacional 2, uma das vias mais utilizadas no concelho, o que levou Nelson Brito, presidente da autarquia, a enviar uma carta a Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas e da Habitação.
A Câmara diz que, já há seis anos, que tem «vindo a manifestar publicamente, e por várias vezes, junto de diversas entidades, mais concretamente junto do Governo e da Infraestruturas de Portugal, a sua preocupação, o seu descontentamento e o seu total desacordo com o já conhecido inaceitável estado de degradação em que se encontra a EN2».
Em causa, explica a autarquia em nota de imprensa,«está a acentuada e pronunciada deterioração da via, que levou, já este ano, os serviços municipais de Proteção Civil a considerarem muito urgente uma intervenção neste troço, que, contudo, não é da responsabilidade nem do domínio de competências da Câmara».
Segundo a Proteção Civil, o estado da estrada, que apresenta «buracos de grande dimensão», coloca em causa a segurança dos utentes, alertando «para os vários acidentes rodoviários que têm ocorrido».
De resto, Nelson Brito, autarca de Aljustrel e responsável máximo da Proteção Civil, pediu à GNR, também neste mês de Janeiro, os dados de 2018, 2019 e 2020 referentes à sinistralidade rodoviária registada na Estrada Nacional 2, designadamente, na zona de ação do Posto Territorial de Aljustrel e da zona de ação do Posto Territorial de Castro Verde.
Esta artéria da EN2 «é um dos principais eixos rodoviários que serve o concelho de Aljustrel, com proveniência em Ferreira do Alentejo e que faz a ligação a Castro Verde», justifica a Câmara.
A estrada «é atravessada diariamente por dezenas de cidadãos, para se deslocarem para os seus empregos», com «destaque para as atividades laborais nas Minas de Neves Corvo e Minas de Aljustrel que empregam centenas de pessoas».
«Acontece ainda que a EN2, maioritariamente no troço entre Aljustrel e Castro Verde, é utilizada por veículos pesados de mercadorias associados às atividades industriais da região que têm contribuído também para a aceleração de desgaste do piso, verificando-se que as pequenas reparações efetuadas pela Infraestruturas de Portugal têm-se revelado ineficazes», denuncia a Câmara de Aljustrel.
Esta estrada «é ainda utilizada pelos cidadãos do concelho para aceder ao Serviço de Urgência, em Castro Verde», além de ser «uma importante rota turística, que contribui para a dinamização dos territórios que atravessa».
Por isto, a Câmara de Aljustrel quer «que mais esta nova tentativa» seja a «solução de um processo que se arrasta há demasiado tempo e que tarda em ser resolvido».
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