Algarve e Almodôvar entre os locais mais afetados pelo surto da gripe

Segundo a previsão do centro de investigação da Associação Nacional das Farmácias

O Algarve e o concelho de Almodôvar, no Baixo Alentejo, são dos locais que mais serão afetados pelo surto de gripe, que se prevê que se alastre a todo o país nesta primeira semana do ano, mais precisamente entre os dias 1 e 8.

O Centro de Estudos e Avaliação em Saúde (CEFAR), da Associação Nacional das Farmácias, prevê que na região algarvia e em Almodôvar, bem como na Madeira, o surto vá atingir o grau 4 (alto), pelo que se espera «maior afluência aos serviços de saúde».

«No restante território continental e nos Açores, o surto vai atingir grau 3 (moderado) na primeira semana do ano, mas ainda com tendência para o aumento de novos casos», segundo a Associação Nacional das Farmácias.

Estas previsões são baseadas no “Despertador das Farmácias”, «barómetro que antecipa a atividade gripal a partir dos dados da dispensa de medicamentos».

«De acordo com os dados provenientes da atividade das farmácias, já alcançámos o nível de atividade epidémica correspondente ao pico de gripe da temporada do ano passado», declara António Teixeira Rodrigues, diretor do CEFAR.

«Como a atividade da gripe ainda deverá continuar a aumentar, podemos dizer que o surto que atravessamos é pelo menos tão severo quanto o anterior», acrescentou.

Apesar disso, não há razões para alarmismos, «até porque o surto do ano passado foi moderado».

A associação aconselha a população a adotar boas práticas para evitar contágios, «como lavar frequentemente as mãos, evitar ambientes fechados com grande concentração de pessoas e usar lenços descartáveis».

O “Despertador das Farmácias” prevê a atividade gripal, concelho a concelho, com base nos números diários da dispensa de medicamentos e produtos de saúde. A rede de farmácias atende, em média, 520 mil pessoas por dia. Esse contacto em massa com a população permite antecipar em duas semanas a evolução da epidemia.

«Testámos o modelo com os dados reais dos últimos cinco anos. O poder de antecipação das farmácias é uma evidência», declara Peter Heudtlass, investigador do CEFAR.

Comentários

pub