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A Urgência de Cirurgia do Hospital de Faro «está a funcionar com normalidade e irá continuar a funcionar com normalidade durante o mês de Dezembro com as escalas completas», apesar da recusa dos cirurgiões a fazer trabalho suplementar neste serviço, a partir deste domingo.

Em esclarecimento enviado ao Sul Informação, o Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) garante que «neste momento temos assegurado todo o trabalho para o mês de Dezembro» e lembra que «as escalas são instrumentos de trabalho dinâmicos, sujeitas a constantes atualizações e reajustamentos».

O CHUA realça que a carta enviada pelos cirurgiões ao Conselho de Administração, em finais de Outubro, citada pelo jornal Expresso, «refere-se às horas extraordinárias realizadas mensalmente pelos nossos profissionais, que estão no seu direito de optar por não as fazer».

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A decisão dos cirurgiões da unidade de Faro do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) foi tomada devido às condições de trabalho «manifestamente deficitárias».

Para fazer face a esta recusa dos cirurgiões do hospital, o CHUA garante que «reforçará os planos de trabalho recorrendo à colaboração de cirurgiões, na modalidade de contrato de prestação de serviços, que têm vindo a colaborar regularmente com este Centro Hospitalar e que conhecem bem as práticas da instituição, bem como a organização do serviço».

O PSD Algarve, este sábado, também já reagiu à divulgação do documento pelo Expresso, que considera de «extrema gravidade».

Os sociais-democratas realçam que a carta enviada pelos cirurgiões descreve a «sistemática inexistência de camas para internamento de doentes urgentes», a «recorrente ausência de acesso ao bloco operatório num tempo considerado ótimo» ou os «sistemáticos entraves à realização de exames complementares de diagnóstico».

Para o PSD, esta realidade descrita representa «um estado de tal forma degradante que constitui uma amputação básica do direito à saúde, a qual está rigorosamente em linha com a apreciação que o PSD Algarve tem feito, bem como com os inúmeros episódios que são de conhecimento público».

Os sociais-democratas dizem que a inação do Governo «perante o intolerável estado de coisas, conduz a iniciativas como este abaixo-assinado dos médicos, os quais não dispõem de condições mínimas para realizar as suas funções, diminuídos na sua esfera da ação pelo volume de trabalho e constrangidos pela impossibilidade de darem a cada doente aquilo que carecem em tempo útil».

O PSD Algarve diz ainda compreender os profissionais e «espera, todavia, que seja possível encontrar uma solução que não desguarneça o Hospital de Faro».

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