Ourique vai aderir a parceria regional para abastecimento de água

Ourique vai juntar-se a outros municípios e à Águas de Portugal para poder fazer investimentos na rede de água e saneamento

Ourique prepara-se para aderir a uma parceria pública com a Águas de Portugal e os outros municípios do Baixo Alentejo para gerir a distribuição da água e o saneamento das águas residuais em baixa, ou seja, diretamente aos consumidores.

A adesão a esta iniciativa intermunicipal foi aprovada por maioria na mais recente Assembleia Municipal de Ourique, com votos a favor do PS, em maioria neste órgão e na Câmara, abstenção dos três elementos do PSD e voto contra do eleito da CDU.

Segundo a Câmara, há várias vantagens da adesão a este sistema que junta vários municípios, como já acontece com o abastecimento em alta, que é garantido pela Águas Públicas do Alentejo, «que resulta de uma parceria pública da Águas de Portugal e dos Municípios do Baixo Alentejo, organizados na Associação de Municípios para a Gestão da Água Pública do Alentejo».

A principal vantagem prende-se com o ganho de escala, que permitirá fazer «os grandes investimentos» necessários na rede de saneamento municipal que a autarquia ouriquense, não pode fazer sozinha.

«O abastecimento em baixa é, por regra, antigo e regista um elevado nível de perda de água na distribuição. São perdas na ordem dos 40%, 50% ou 60% por ruturas e fragilidades do sistema. A água não chega aos consumidores, perde-se pelo caminho, mas o município paga-a ao fornecedor em alta», enquadrou a autarquia.

«O município de Ourique sozinho não pode aceder aos fundos comunitários para melhorar a sua rede», nem tem «recursos financeiros para fazer os investimentos necessários, sem desequilibrar as contas municipais», assegura a Câmara.

Mas, com a integração nesta parceria pública de cariz regional, «Ourique já poderá apresentar candidaturas e fazer as obras necessárias».

O que está em causa é o reforço da fiabilidade do sistema de abastecimento de água na sede de concelho, Aldeia Nova da Favela, Santa Luzia, Saraiva, Torre Vã e Fitos, bem como melhorar a rede de saneamento de águas residuais em Garvão/Funcheira, Ourique, Chada Velha, Santa Luzia, Fitos e Fernão Vaz.

A Câmara fez questão de esclarecer «três mentiras repetidas sobre esta parceria pública». Desde logo, o facto de se ir privatizar a gestão da água, algo que, assegura, não é verdade.

Por outro lado, «é falso que a criação da parceira signifique um eventual aumento do preço da água» e que os trabalhadores da autarquia estejam em risco de perder direitos sociais e laborais com a integração na nova entidade a criar.

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