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Os estaleiros Nave Pegos, em Faro, e a Marina de Vilamoura estão a limpar a casa e vão remover e desmantelar várias embarcações que estavam abandonadas nas suas instalações.

A operação foi legitimada por dois editais lançados há cerca de um mês pela Capitania do Porto de Faro, a pedido das duas empresas, que vão assumir os custos do desmantelamento.

Como explicou ao Sul Informação o comandante Cortes Lopes, Capitão do Porto de Faro, em causa estão barcos cujos proprietários, «por alguma razão, deixaram-nos ali e nunca voltaram para os ir buscar».

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A maioria das embarcações já está em elevado estado de degradação e, em alguns casos, nem sequer é possível saber quem é o proprietário, já que não têm registo. Isso não impede que os donos tenham responsabilidades sobre os custos que decorrem da operação. «Quando sabemos quem é o proprietário, ele é notificado e é o responsável pela remoção e desmantelamento», explicou Cortes Lopes.

Sul Informação
Foto: Liliana Guerreiro | ETIC_Algarve

Neste processo, a capitania assegura, apenas, a parte administrativa, relacionada com a notificação oficial, com tudo o resto a ter de ser assumido pelos estaleiros Nave Pegos e pela Marina de Vilamoura. Foram, de resto, as duas empresas que solicitaram à Autoridade Marítima que avançasse com esta ação.

Apesar de poderem ser assacadas responsabilidades aos donos das embarcações, a verdade é que, na maioria das vezes, é quase impossível fazê-los pagar os custos de remoção e desmantelamento. É que é habitual que estes barcos pertençam a cidadãos estrangeiros.

«Não há muito tempo, frente ao Cais do Ladrão, aqui em Faro, limpámos cerca de 50 embarcações. Só houve duas ou três pessoas que retiraram os barcos por sua iniciativa. Na altura, foi a Sociedade Polis Ria Formosa a assumir os custos da remoção e desmantelamento», contou o capitão do Porto de Faro.

Sul Informação
Foto: Francisco Martins | ETIC_Algarve

O comandante Cortes Lopes confessa mesmo que gostaria de ver a Ria Formosa toda limpa de embarcações abandonadas, mas explica que, apesar de poder assumir todo o processo legal e administrativo, a Autoridade Marítima não tem a capacidade – nem a obrigação – de suportar os custos das operações.

«Não há muito tempo desafiei a diretora do Parque Natural da Ria Formosa a fazer uma limpeza da ria. Mas isso tem custos», disse.

Para já, vão desaparecer alguns dos barcos abandonados que há muito ocupavam espaço em dois estaleiros do Algarve, que deixarão de ser uma dor de cabeça para estas empresas do setor náutico.

 

Fotos: Tiago Rodrigues, Liliana Guerreiro e Francisco Martins | ETIC_Algarve

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