Um «esforço intenso na prevenção», trabalho em parceria e o envolvimento da população foram alguns dos ingredientes que permitiram que, desde o início de 2018, apenas tenha havido 32 acendimentos de fogos no território de São Brás de Alportel, todos debelados rapidamente.
A Câmara de São Brás de Alportel e várias entidades ligadas à proteção civil fizeram «um balanço positivo» do Plano de Ação de Prevenção de Incêndios Florestais 2018, numa reunião que mantiveram esta quarta-feira.
O «esforço intenso na prevenção», realizado pela autarquia, outras entidades e pelos proprietários de terrenos florestais são um dos fatores apontados para o sucesso do plano.
Os bons resultados obtidos «são também, em boa parte, fruto do trabalho de proximidade, realizado entre as várias equipas, que trabalharam no terreno, com o envolvimento da população, no sentido da prevenção e proteção de bens e habitações», acrescentou a Câmara de São Brás de Alportel.
Na reunião, foi realçada a importância de algumas ações realizadas, nomeadamente as limpezas executadas em muitos terrenos, que tiveram «um impacto determinante na forma como as ignições puderam ser rapidamente resolvidas».
Já a nova equipa de sapadores florestais de São Brás de Alportel, deu «um importante contributo na concretização deste plano».
A reunião de ontem também permitiu identificar os constrangimentos que existem, o maior quais é, na visão do presidente da Câmara de São Brás de Alportel Vítor Guerreiro, «a legislação e as políticas de ordenamento do território, que sendo demasiadamente restritivas, com excessivos constrangimentos à intervenção nas zonas rurais, condenam os territórios à desertificação humana».
«Sem pessoas, não se podem defender as florestas. É premente dar mais autonomia aos município, ao nível do ordenamento do território», concluiu Vítor Guerreiro.