A exposição “LOULÉ. Territórios, Memórias, Identidades”, patente no Museu Nacional de Arqueologia, em Lisboa, deu ao concelho o prémio de Município do Ano, na categoria Algarve, com os vencedores a terem sido conhecidos esta sexta-feira, 16 de Novembro.
«Uma grande alegria». Foi assim que Vítor Aleixo, presidente da Câmara de Loulé, reagiu a esta distinção, poucos minutos depois de receber o prémio, numa cerimónia que decorreu no Paço dos Duques, em Guimarães.
«Estamos todos muito felizes. É uma alegria para nós, para Loulé e para os técnicos dos Museu de Loulé e do Museu Nacional de Arqueologia que tanto se esmeram», disse, em declarações ao Sul Informação.
Para o edil, este é mesmo o «reconhecimento do grande trabalho feito» para esta exposição que percorre 7 mil anos de história do concelho de Loulé.
“LOULÉ. Territórios, Memórias, Identidades” revela, através de peças arqueológicas, costumes, hábitos alimentares e a vida quotidiana das várias civilizações que passaram pelo concelho.
Neste sentido, a mostra é uma espécie de “Portugal em miniatura” que espelha a História de Portugal, da Península Ibérica e da Europa, percorrendo alguns dos segredos mais bem guardados do concelho de Loulé, como o sítio de Corte João Marques, a escrita do Sudoeste, o Cerro da Vila, o Castelo de Salir e o Centro Histórico da cidade.
A exposição é o resultado de 15 meses de preparação, 12 comissários científicos e executivos, 40 autores de textos, 1200 bens arqueológicos inventariados, 504 peças expostas, 166 peças restauradas, 154 sítios arqueológicos devidamente cartografados no sistema de informação documental e geográfica, parceria com 11 instituições, 54 técnicos envolvidos, contributo de mais de 20 profissões, entre tantos outros números.
E esta não é a primeira vez que a exposição vence um prémio. É que, em 2018, “LOULÉ. Territórios, Memórias, Identidades” ganhou as categorias “Melhor Parceria” e “Melhor Catálogo” nos prémios da Associação Portuguesa de Museus (APOM), tendo ainda direito a uma menção honrosa na área da “Educação e Mediação Cultural”.
Estas são razões suficientes para Vítor Aleixo dizer que a exposição «tem sido muito acarinhada» e que tem «superado todos os recordes». «Estamos perto dos 250 mil visitantes e isso é o reconhecimento de todo o este trabalho conjunto».
Para o edil, uma das grandes conquistas é a «presença massiva das crianças que, assim, conheceram e perceberam a identidade do concelho».
Muitas destas visitas foram de jovens alunos do concelho, numa parceria entre a Câmara e as escolas. «Neste momento tenho de repartir, por isso, o prémio com a comunidade escolar», concluiu, em declarações ao Sul Informação.
Para esta categoria “Algarve” também estavam nomeados os concelhos de Albufeira, com o projeto do Grupo de Trabalho de Idosos, e Alcoutim com o Festival do Contrabando. A nível nacional, o grande vencedor foi Arouca com o “Geoparque Mundial da UNESCO”.
Estes prémios são promovidos pela Universidade do Minho e têm como objetivo reconhecer boas práticas das autarquias.