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Continua a guerra em torno da aplicação da Taxa Turística, em Loulé. O PSD acusa, em comunicado, o executivo municipal de «desconhecimento» e de seguir «interesses» que não são os do concelho, mas Vítor Aleixo, presidente da Câmara de Loulé, lembra que todos os autarcas algarvios do PSD concordaram com a medida… e até a aprovaram.

Ouvido pelo Sul Informação, Aleixo disse que o PSD/Loulé está a tentar fazer uma «prova de vida», enviando «comunicados semanais para demonstrar à população que existe».

«Em todos os destinos turísticos do Mundo há taxa turística. É uma medida pacífica no Algarve: todos os autarcas do PSD concordaram. Em Loulé, o PSD, a contrapelo do próprio partido a nível regional, está a fazer uma Guerra de Alecrim e Manjerona», considerou o presidente da Câmara de Loulé.

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Em comunicado, os sociais democratas, dizem que a taxa, que já tinham contestado, «nos moldes apresentados» por Vítor Aleixo, é «obviamente inconstitucional, pois está formulada em termos semelhantes à Taxa Municipal de Proteção Civil de Lisboa, chumbada pelo Tribunal Constitucional».

«A uma taxa corresponde um serviço, assim um fundo de reserva como o proposto não é um serviço. Causa estranheza como se tratam as matérias com tanto desconhecimento. Mostra que as coisas são feitas com os pés», acusam.

Confrontado com esta questão, o presidente da Câmara disse que a taxa é «constitucional» até porque está «apoiada num estudo feito pela AMAL (Comunidade Intermunicipal do Algarve) que todos os autarcas aprovaram».

Sul Informação

Tal como já havia sido anunciado, parte do dinheiro arrecadado com a taxa turística no concelho de Loulé, um dos mais ricos do país, será «usado para resolver problemas da sustentabilidade ambiental e turística».

«Dada a regularidade anormal com que eventos climáticos extremos acontecem na nossa região, a taxa turística serve para fazer face a estas questões que acabam por afetar a sustentabilidade da atividade turística», explicou ainda.

A ideia é, por exemplo, que o dinheiro seja usado no reenchimento das praias do litoral do concelho ou até para fazer face a prejuízos decorrentes de incêndios ou cheias.

Mas, para o PSD, todo o processo da taxa turística não faz sentido, é «pouco transparente e nada participado». «Os munícipes vivem à margem das grandes decisões, essas são tomadas nas costas dos munícipes com pessoas doutros concelhos e com interesses que não são os de Loulé».

Segundo os sociais democratas, a autarquia tem «mais de 70 milhões no banco e pouco projeto próprio, não lhe faltando condições para levar o concelho para a frente, mas prefere ir buscar mais 7 milhões de uma taxa turística que é um erro face às dificuldades que o turismo já está a enfrentar com o Brexit e a concorrência de outros destinos».

Vítor Aleixo contesta esta opinião, dizendo que o PSD está numa «oposição negativa».

«Loulé está num bom momento, tem contas equilibradas e projetos de grande envergadura em todas as frentes: ambiental, de obras públicas e cultural», concluiu ao nosso jornal.

Já o PSD revelou que, em Dezembro, vai organizar um grande debate público sobre o tema.

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