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Como se pode caracterizar a dislexia nos adultos? Quais são as modificações que permitem que haja disléxicos a tirar cursos superiores? É certo que esta é uma perturbação do neurodesenvolvimento que afeta a leitura e escrita, mas os mistérios da dislexia nos adultos ainda estão por desvendar. Descobri-los é o objetivo de um estudo que o Grupo de Neurociências Cognitivas do Centro de Investigação em Biomedicina (CBMR) da Universidade do Algarve (UAlg) está a realizar.

Alexandra Reis é a professora que está a liderar a equipa deste estudo, que envolve pessoas dos 18 aos 40 anos. Em entrevista ao Sul Informação, explica que o objetivo passa «por perceber e caracterizar a dislexia em adultos».

Esta perturbação surge em crianças, mas «queremos saber se há uma modificação do perfil ou das características da dislexia num adulto».

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No fundo, a ideia é perceber se, «ao longo do tempo, e com a prática da leitura, os indivíduos apresentam melhorias ou quais são as capacidades que melhoram ou não».

A professora Alexandra Reis dá como exemplo o facto de haver jovens adultos que conseguem entrar no ensino superior. «Há casos desses aqui na Universidade do Algarve!», exclama.

Portanto, de alguma forma, essas dificuldades de leitura e escrita acabaram por ser atenuadas. «Houve capacidades que melhoraram e é isso que queremos perceber».

O primeiro passo de toda esta investigação foi «desenvolver, a partir de uma grande leitura de artigos, um conjunto de provas para avaliar e caracterizar a dislexia num adulto».

Sul Informação
Professora Alexandra Reis – Foto: Pedro Lemos | Sul Informação

Esse trabalho já está feito e agora «estamos a aplicar essa bateria de testes a leitores ditos normativos, para poder fazer a comparação, mas também já estamos a analisar alguns com dislexia».

Segundo previsão da professora Alexandra Reis, em «Outubro, Novembro», os dados estarão todos recolhidos. Depois, vão ser analisados com o propósito de escrever e publicar artigos científicos, numa investigação que está a envolver quatro a cinco investigadores.

O estudo destas questões, por parte do do CBMR, não é novo e também já foi feito em crianças com e sem dificuldades na leitura e escrita.

E, apesar da dislexia se manifestar nestas duas vertentes (leitura e escrita), a verdade é que as condicionantes se expandem a outras áreas.

«Há toda uma componente psicológica associada a quem não lê e não escreve bem. Há consequências ao nível emocional e até do comportamento, com um grande impacto a nível individual», disse Alexandra Reis, ao Sul Informação. 

 

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