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Foto 3D do projeto

Dar uma maior prevalência à mobilidade suave. Este é o grande objetivo da requalificação do Largo da Igreja Matriz de Portimão, cujo projeto engloba aumentar as zonas de passeio e «proceder ao reforço da identidade do centro histórico que se apresenta descaracterizado». 

Esta intervenção foi apresentada, em primeira mão, esta quarta-feira, 11 de Abril, no âmbito da IV Semana de Reabilitação Urbana de Portimão. A obra, que ainda não tem data prevista de arranque, pois aguarda aprovação de financiamento de Fundos da União Europeia do CRESC “Algarve2020”, incide apenas no espaço público, mais concretamente nas ruas da Igreja, Bispo Castelo Branco, Fernando Coutinho, São Gonçalo e Ernesto Cabrita.

O principal aspeto passa por resolver «as disfuncionalidades ao nível do acesso pedonal e do ordenamento do estacionamento, compatibilizando ambas as coisas», como explicou Nuno Cruz, arquiteto paisagista da Câmara de Portimão.

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É que, atualmente, existe, naquela zona, uma «prevalência do uso automóvel sobre o uso pedonal». O espaço para circulação viária e a própria área de estacionamento são «muito superiores» à pedonal, o que leva o peão para «áreas residuais», disse Nuno Cruz.

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Ora, por isso, será dada uma dimensão «mais generosa» ao passeio pedonal, mas não eliminando a circulação automóvel. No fundo, será criada uma zona de coexistência.

A ideia da obra é criar um elemento de separação física que autonomize o passeio pedonal do restante pavimento frontal à Igreja Matriz. Está ainda prevista a criação de elementos semelhantes nas escadarias propostas para as ruas Bispo D. Fernando Coutinho e de São Gonçalo.

Para embelezar a zona do Largo da Igreja, haverá mobiliário urbano, enquanto a rua António Castelo Branco passará a ser apenas pedonal, com exceção para veículos de cargas e descargas, por exemplo.

Já a zona adjacente à Igreja Matriz verá o estacionamento automóvel ser suprimido, passando este para locais mais distantes. O objetivo é que os carros não afetem a observação da Igreja.

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Toda aquela área da futura intervenção é sensível do ponto de vista arqueológico, pois insere-se na zona de proteção do traçado da antiga muralha de Portimão. Por isso, explicou Nuno Cruz ao Sul Informação, na «zona onde a sensibilidade é maior, serão feitas escavações prévias manuais».

Nas outras zonas um pouco menos sensíveis, serão feitas escavações, também previamente, mas de forma mecânica. Já nas zonas onde se acredita que haja menos vestígios, a requalificação vai-se desenrolado, mas sempre com um arqueólogo em obra. Depois, tendo em conta os achados, a ideia é «espelhar à superfície» o traçado da muralha.

Esta obra engloba, ainda, a criação de 19 lugares de estacionamento: dois para veículos elétricos, cinco para cargas e descargas e os restantes para os demais automóveis.

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Nuno Cruz

Quanto às redes de águas, esgotos, pluviais, iluminação pública, abastecimento elétrico e telecomunicações também serão reformuladas. A juntar a isto, serão colocadas luminárias LED e será implementada uma zona de wi-fi livre.

Nuno Cruz acredita que a obra pode «criar uma nova forma de viver o centro», algo que considera «premente», até devido à «elevada aptidão turística que tem de ser um motor da economia local».

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