O Movimento Algarve Livre de Petróleo (MALP) vai organizar um protesto, no próximo dia 9 de Fevereiro, às 17h00, à porta da Câmara de Loulé, contra a recente autorização, por parte do Governo, do furo da ENI/GALP para prospeção e exploração de petróleo, no mar, ao largo de Aljezur.
Um dos objetivos do protesto do MALP é perceber «o que pensa Vítor Aleixo, que é presidente da comissão permanente do Conselho Regional da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve, acerca desta decisão», sendo que os manifestantes vão ainda derramar «um garrafão com um líquido preto» à porta da sede do PS louletano.
Esta ação terá o simbolismo de ser uma resposta ao «desprezo e à total falta de respeito com que o Governo de António Costa tratou os cidadãos do Algarve com esta decisão», no entender da MALP.
Este movimento de cidadãos quer também saber junto do autarca socialista «o que vale uma consulta pública em Portugal», referindo-se ao processo que decorreu de 24 de Maio a 3 de Agosto, e onde «mais de 40 mil pessoas» disseram não à exploração de petróleo em Aljezur, contra 4 votos a favor.
A verdade é que a decisão do Governo de autorizar o furo da ENI/GALP também conta com a oposição dos autarcas socialistas, como ficou expresso no comunicado da Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), que reúne os 16 presidentes de Câmara algarvios.
Mais claro foi já o socialista José Amarelinho, presidente da Câmara de Aljezur, que ontem se manifestou contra a decisão, dizendo que o governo tem um «imperativo moral, legal e político» de anular autorização do furo da ENI/GALP.
