Quem já tinha bilhete comprado para o último dia da Semana Académica da UAlg, 7 de Maio, já pode pedir o reembolso do dinheiro que gastou.
A Associação Académica da Universidade do Algarve optou por devolver o valor que já tinha sido pago e vai reagendar os três concertos que tinha programados para essa noite, com Áurea, Íris e DJ Fresh, apesar de ainda não saber quando nem em que moldes.
O presidente da AAUAlg Rodrigo Teixeira foi o convidado do programa radiofónico Impressões, dinamizado em conjunto pelo Sul Informação e pela Rádio Universitária do Algarve RUA FM, naquele que foi o regresso desta rubrica, que vai para o ar às quartas-feiras, às 19h00, em 102.7 FM.
Um dos temas centrais foi a Semana Académica, que acabou há pouco, e ficou marcada pelo cancelamento dos concertos da última noite de evento, devido às condições climatéricas. Um desfecho que deixou a organização com vários problemas para resolver, nomeadamente os relacionados com bilhetes já vendidos.
«O que nós pensámos foi: apesar de não termos culpa das condições climatéricas e de não sermos obrigados a devolver o dinheiro de grande parte dos bilhetes, vamos fazê-lo, porque as pessoas também não devem sair prejudicadas», contou.
Desta forma, foi anunciado, na passada semana, através de um comunicado e dos meios de comunicação da AAUAlg, que os interessados podem pedir o seu dinheiro de volta. O período para pedido de reembolso é de 30 dias. «Basta que as pessoas nos enviem um email onde nos apresentem um comprovativo da compra e o próprio bilhete, e nós devolvemos o dinheiro. É nessa fase que estamos. Estamos a receber as comunicações e apurar o valor em causa, para depois fazermos a devolução», segundo Rodrigo Teixeira.
Isto não significa, ainda assim, que os concertos não se realizem. A AAUAlg tem um contrato assinado com os artistas, que lhes permite reagendar o concerto.
Segundo Rodrigo Teixeira, não é provável que se opte por uma espécie de reedição daquele que seria o último dia da Semana Académica, tendo em conta os custos que uma produção dessa envergadura acarretaria, mas há diversas possibilidades em cima da mesa, sejam concertos independentes de uma ou todas as bandas ou parcerias com outras entidades.
«Seria muito complicado, logisticamente, reservar um dia para termos um alinhamento igual. Vamos ver como vamos fazer: se avançamos nós, se será realizado noutro contexto. Mas que os artistas estão pagos e têm uma data connosco, é verdade. Agora, como será no futuro, ainda é muito incerto», ilustrou Rodrigo Teixeira.
Apesar desta solução, que procura amenizar ao máximo os danos causados ao público da Semana Académica, por reação, havia sempre a possibilidade de agir por antecipação e cancelar o evento bem antes, o que não aconteceu. Até porque se repetiram os avisos lançados pela proteção civil, que alertavam para chuva e vento forte, durante a noite e madrugada.
«Estivemos muitos dias a acompanhar a meteorologia, tínhamos a réstia de esperança que as coisas melhorassem. Reunimos no dia anterior com as entidades de Proteção Civil e optámos por esperar até ao momento para saber se abríamos o recinto ou não. Com tudo o que estava envolvido, era melhor para todos não fechar», justificou.
Durante vários dias, foram feitas intervenções no recinto, de modo a garantir que as condições de segurança obrigatórias estavam reunidas.
Mas a chuva caiu com muita intensidade e durante horas a fio, como se previa, e os concertos tiveram mesmo de ser cancelados.
Entrevista: Hugo Rodrigues – Sul Informação/Fúlvia Almeida – RUA FM
