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Sul Informação

A empresa Infraestruturas de Portugal (IP) vai limpar «amanhã de manhã, o mais cedo possível», as inscrições de incitação ao ódio e à xenofobia que hoje apareceram pintadas nas paredes do apeadeiro de Algoz da Linha Ferroviária do Algarve.

Fonte da assessoria de imprensa da IP disse ao Sul Informação que a empresa «repudia completamente qualquer tipo de vandalismo», considerando este «especialmente horrível».

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As mensagens neo nazis inscritas nas paredes foram denunciadas pelo secretariado da Coordenadora Distrital de Faro e pelo núcleo de Silves do Bloco de Esquerda, que pediram que «as entidades competentes como a Câmara Municipal, a Junta de Freguesia de Algoz-Tunes e a Infraestruturas de Portugal, removam com urgência as ofensas expressas nas paredes do apeadeiro de Algoz».

Por seu lado, Mário Godinho, vice-presidente da Câmara de Silves, também contactado pelo Sul Informação, disse que a autarquia agradece «a chamada de atenção» e que vai «de imediato oficiar as Infraestruturas de Portugal, entidade que é responsável pela Linha do Algarve e pelas estruturas, como os apeadeiros, para que limpe essas inscrições».

«Vamos diligenciar o mais rapidamente possível para que essas frases, que repudiamos, sejam apagadas», reforçou o autarca.

As inscrições surgiram precisamente hoje, 27 de Janeiro, Dia Internacional da Lembrança do Holocausto, que assinala os 71 anos passados sobre a libertação, pelas tropas soviéticas, no fim da II Guerra Mundial, dos campos de extermínio do povo judeu.

«É, pois, de lamentar que, passadas tantas décadas, possa existir quem ainda defenda as tão horrendas ideias de Hitler, a hostilidade antijudaica, o anti-semitismo», salientam as estruturas regional e local do Bloco de Esquerda, no seu email de denúncia enviado às redações.

«Disso mesmo se apercebeu a população algarvia, nomeadamente de Silves, no espaço público do seu concelho, hoje pela manhã, ao deparar-se com ofensas xenófobas, racistas, contra minorias étnicas e ainda islamofóbicas, no apeadeiro de Algoz, na linha férrea do Algarve».

No seu email de denúncia, o BE salienta que «o racismo, a islamofobia e a xenofobia expressas revelam receio, ódio, hostilidade, preconceito e perpetuam estereótipos depreciativos e negativos sobre os povos»

O Bloco de Esquerda repudia «imagens negativas em espaço público; ataques, abusos e violência; todo e qualquer tipo de discriminação; falta de reconhecimento e de respeito nas instituições públicas e pelas populações».

Os bloquistas consideram ainda que «o racismo, a islamofobia e a xenofobia expressas envolvem ignorância e desinformação, muitas vezes sustentadas e perpetuadas por interesses de grupos sectoriais», «envolvem a atribuição a toda uma comunidade das mesmas qualidades negativas sem diferenciação, apesar de serem observáveis em apenas alguns membros dessa comunidade», «manifesta-se de diferentes maneiras – podendo ser maliciosa e direta, mas também subtil e indireta, podendo ser expressa através de práticas institucionais assim como por individuais» e «é invasiva, pode afetar e afeta todos os aspetos da vida».

Por isso, conclui o BE, «cubra-se, portanto, para já e com urgência, esta parede da vergonha que nada dignifica os algarvios».

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