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teatro das figuras

Há 100 anos, a nata do mundo empresarial e intelectual do Algarve juntou-se no 1º Congresso Regional para debater as questões que afetavam uma região que então sofria um forte impulso económico, mas se sentia, como hoje, afastada das atenções do poder central.

Para assinalar esse evento, e para refletir sobre o que era o Algarve, o que mudou e o que permaneceu neste século (e foi muito…), abriu ontem no Museu de Portimão a exposição “1915 – O Despertar do Algarve”.

É uma forma de dar continuidade às ações que, no último trimestre deste ano, têm vindo a assinalar o aniversário do centenário do 1º Congresso Regional Algarvio, realizado no Casino da Praia da Rocha, em 1915.

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A mostra transmite «as fortes emoções despertadas no início do século XX em que, pela primeira vez num gesto de grande afirmação regionalista, o Algarve foi palco de uma iniciativa pioneira de reflexão e debate sobre os principais problemas e desafios que condicionavam o desenvolvimento da região».

A importância histórica desta iniciativa republicana e o que ela representou num período tão conturbado, em plena 1ª Grande Guerra Mundial, é refletida através da contextualização da situação do Algarve, «uma região então bastante esquecida que se debatia com graves problemas de acessibilidade, isolamento e comunicação, face às restantes regiões do país».

O percurso da exposição é feito através de imagens, documentos e peças referentes àquela época, de modo a dar a conhecer as principais razões e iniciativas que estiveram na base deste autêntico grito regionalista que despertou o Algarve, em 1915.

Nesta exposição, há ainda oportunidade de compreender «porque foi a Praia da Rocha o local escolhido para a realização desta iniciativa», os seus principais impulsionadores locais e nacionais e finalmente conhecer as 25 teses apresentadas e discutidas no Congresso Regional Algarvio, que o Município e o Museu de Portimão têm vindo a divulgar gradualmente em suportes digitais e nas redes sociais.

Pelo meio da exposição, há várias personagens que se destacam – como Manuel Teixeira Gomes, portimonense de gema, gerado na rica burguesia que então se afirmava na Villa Nova de Portimão, que poucos anos depois seria Presidente da República e elevaria Portimão à categoria de cidade.

Ou o congressista e a sua mala, que terá chegado de comboio à estação de Ferragudo–Parchal (na altura ainda não existia a de Portimão) e daí terá seguido de carrinha até ao Casino da Praia da Rocha.

Lá estão também as Teses apresentadas ao Congresso, algumas delas muito progressistas para a época, e parte ainda hoje atuais. Em resumo, mais uma exposição temporária do Museu de Portimão a revisitar a história não muito distante e a merecer uma visita atenta.

Mas o sábado, 12 de Dezembro, e integrando a programação oficial das Comemorações do Dia da Cidade, foi também ocasião para entregar os prémios aos vencedores da Corrida Fotográfica de Portimão, que, em 2015, assinala 15 anos de existência.

Nuno Filipe Oliveira, na modalidade Digital, Inês Catarina Carneiro, no Prémio Jovem, e Armando José Lelo Morais, na modalidade Subaquática.

Na sua edição deste ano, a Corrida Fotográfica de Portimão premiou ainda Jorge José Boleta e Rui Miguel Canelas, com o 2º e 3º lugar na modalidade Digital, respetivamente.

Além das imagens vencedoras, a exposição dos trabalhos premiados, que abriu logo a seguir à entrega dos prémios, integra também as melhores fotos de cada um dos doze temas.

Ambas as exposições podem ser vistas até 27 de Abril, no seguinte horário: terça-feira das 14h30 às 18h00 e de quarta-feira a domingo das 10h00 às 18h00.

Fotos: Elisabete Rodrigues|Sul Informação

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