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Sul Informação
Stefan Maimescu acabou transferido para o Hospital de Faro

No dia 2 de Agosto, Stefan Maimescu foi ao Hospital de Faro, com queixas de dores de cabeça e desmaios, devido a um tumor cerebral já diagnosticado e operado há cerca de dois anos e que vem sendo seguido por uma médica desta unidade hospitalar. Foi mandado para casa, por não haver «critérios para cirurgia urgente deste caso».

Ontem, terça-feira, deu entrada no Hospital de Portimão, onde acabou por ter duas paragens cardíacas e de ser entubado, antes de esta tarde ser transferido de helicóptero para a unidade de Faro do Centro Hospitalar do Algarve (CHA).

Nas duas últimas semanas, este cidadão moldavo de 30 anos, que vive e trabalha em Portugal «há mais de 14 anos», dirigiu-se ao Hospital de Portimão por quatro vezes, com queixas idênticas, mas acabou sempre por ser enviado para casa. «Tinha dores de cabeça, deixou de conhecer o irmão e desmaiou várias vezes. Saía de casa e não sabia o que fazia», descreveu, em declarações ao Sul Informação, Abel Fernandes, amigo da família Maimescu.

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A meio do mês passado, já tinha visto uma consulta cancelada, por «estar de férias» a médica que o segue, desde que foi operado a um glioma cerebral (tumor cerebral).

Uma situação que está a revoltar a família e amigos de Stefan, que consideram que o Centro Hospitalar do Algarve não está a fazer tudo ao seu alcance para o ajudar. No passado domingo, garante  Abel Fernandes, o Hospital de Faro terá recusado o internamento de Stefan, alegando «falta de camas e de vagas».

Contactado pelo Sul Informação, o presidente do Conselho de Administração do CHA Pedro Nunes garantiu que não há falta de camas e que não poderá ter sido por essa razão que Stefan Maimescu não foi admitido. «O Hospital tem camas para todas as pessoas, e se não houver, são transferidas para Lisboa», assegurou.

Sul InformaçãoQuanto à situação específica deste paciente, Pedro Nunes alegou que não «comenta reclamações de doentes individuais» e que, para esse efeito «existe um livro amarelo». «As pessoas, muitas vezes, ouvem só aquilo que querem. Eu tenho de acreditar nos meus médicos», disse.

No relatório do episódio de urgência que Stefan Maimescu teve no domingo, é referida a «neoplasia maligna do cérebro, não especificada» de que padece e o facto de aguardar «cirurgia de glioma cerebral». Ainda assim, a necessidade de uma operação não foi considerada emergente e o paciente foi informado que «será contactado logo que haja disponibilidade de bloco operatório programado».

Abel Fernandes não se conforma com a situação, que considera estar ligada «à falta de financiamento dos hospitais». «Para não gastar dinheiro, mandam as pessoas para casa, à espera que morram. Se não morrerem no hospital, é considerada uma morte natural», acusou, revoltado.

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