Os deputados do PSD eleitos pelo Algarve vão voltar à carga na contestação e tentativa de suspensão da taxa cobrada às empresas de rent-a-car que operam no Aeroporto de Faro, sem ter instalações arrendadas no seu interior.
A ANA Aeroportos colocou em vigor novos regulamentos para a atividade das empresas de Rent-a-car sem instalações nos aeroportos, que substituiu o que foi lançado há cerca de um ano. Nesta nova versão do regulamento, que mereceu críticas da parte dos deputados social-democratas desde a primeira hora, a taxa a pagar desce 8,5 a 9 euros por carro entregue ao cliente no Aeroporto, quando, inicialmente, se fixava nos 17 euros.
A diminuição do valor não convenceu nem os proprietários das pequenas rent-a-car, nem os parlamentares do PSD. E se, no caso dos empresários, a medida será acatada «na medida do possível», sem recurso a providências cautelares, como há um ano, da parte dos parlamentares voltará a ser feita «uma exposição à autoridade da concorrência», para que se pronuncie sobre o assunto.
Em causa está aquilo que os social-democratas consideram «uma prática abusiva e de natureza predatória», que cobra uma taxa sem prestar um serviço que a justifique, considerou o deputado eleito pelo Algarve Cristóvão Norte, ao Sul Informação.
Este parlamentar foi, em conjunto com Mendes Bota, que entretanto foi substituído por Bruno Inácio no cargo de deputado, um dos grandes críticos da taxa imposta às rent-a-car.
Para Cristóvão Norte, que falou pelos quatro deputados do PSD eleitos pela região, o facto de a taxa ter baixado tanto, de uma versão do regulamento para a outra, vem dar razão a um dos seus principais argumentos: o de que esta taxa não se baseia numa lógica de compensação pelo custo de um serviço prestado e que nela «não está refletida uma perspetiva de rentabilidade» para quem a paga. Ou seja, «se fosse para prestar um melhor serviço», haveria justificação, mas isso, alega, não está acontecer.
Da parte da ANA Aeroportos chega a garantia de que esta taxa vem trazer benefícios aos clientes, «que passam a usufruir de melhores serviços, mais segurança e mais qualidade no atendimento, assim como ao turismo».
Já Cristóvão Norte diz que a taxa é «um custo de contexto que vem fragilizar a competitividade do Algarve», no setor do turismo.