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Sul InformaçãoEm Loulé, as obras estão por recomeçar. Em Faro, há diversas salas prontas, mas à espera de ser entregues. O novo ano letivo volta a não significar renovadas e melhores condições para os alunos das Escolas Secundárias de Loulé e João de Deus, de Faro, que vão continuar a ter aulas em contentores, pelo quinto ano letivo consecutivo e por tempo indeterminado. Também em Silves haverá aulas em contentores.

Estas estruturas provisórias funcionam há cerca de quatro anos, devido ao atraso nas intervenções que estão a ser levadas a cabo nos estabelecimentos de ensino, da responsabilidade da empresa Parque Escolar. Demora que levou uma comitiva do PCP, liderada pelo deputado eleito pelo Algarve Paulo Sá, a visitar as escolas de Loulé e Faro, pouco mais de uma semana antes do começo das aulas.

Segundo o parlamentar comunista, a situação que encontrou no terreno é preocupante e já motivou pedidos de explicações, por parte do PCP, ao Ministério da Educação, na Assembleia da República.

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Paulo Sá começou por visitar a Escola Secundária de Loulé, onde, «apesar de o reinício das obras ter sido anunciado para agosto, não havia qualquer trabalhador ou atividade». O que há, são contentores, onde continuarão a funcionar salas de aula e o refeitório, entre outros.

«Não foi dada qualquer informação à direção da escola. Não foi avançada qualquer data para o reinício ou conclusão das obras. Este é o quinto ano letivo consecutivo com parte das aulas nos contentores. Também o novo auditório da escola está inutilizável», disse Paulo Sá, recordando que o prazo de execução desta empreitada era de 18 meses, mas já passaram 46, desde o seu início, em novembro de 2010.

«Em Faro, a situação é diferente. As obras nunca foram oficialmente suspensas, «mas andaram sempre ao ralenti, a passo de caracol». «Parte da escola está transformada num estaleiro», acrescentou.

Sul InformaçãoAqui, há «13 salas de aulas, três gabinetes, sala dos alunos e sete instalações sanitárias masculinas, femininas e de deficientes, concluídos e prontos a utilizar» e a entrada principal da Escola também já foi concluída. Mas vão continuar vazias, uma vez que a Parque Escolar se recusa a recebê-las do empreiteiro.

«Apenas aceitam receber a obra completa, porque senão terão de pagar a intervenção que já foi feita», disse, lembrando que a mesma questão foi colocada na Escola Secundária de Vila Real de Santo António. O problema é que não se vislumbra um fim para esta obra, já que há diversas infraestruturas que fazem parte do projeto que «ainda nem sequer iniciaram, como é o caso do Auditório» e outras ainda a decorrer, nomeadamente no «ginásio, refeitório, cozinha e bar».

«Há salas acabadas, a ganhar pó. Caso a escola as pudesse utilizar, todos os alunos poderiam ter aulas em instalações de qualidade, logo no início do ano letivo», ilustrou.

No caso da escola de VRSA, a situação acabou por ser desbloqueada, depois da pressão feita por alunos e diferentes grupos parlamentares. «Queremos que a mesma política seja adotada em Faro e que a tutela dê instruções à Parque Escolar» para receber as salas já completas.

Mas, da parte do Governo, não há garantias nesse sentido. Questionado sobre a manutenção de contentores em várias escolas do país onde ainda não estão terminadas as obras da Parque Escolar, o secretário de Estado da Administração Escolar João Casanova de Almeida disse não poder avançar com uma data precisa sobre a sua conclusão.

«[os contentores] Vão ser [salas de aula] enquanto forem necessários, enquanto as obras não estiverem terminadas», afirmou o membro do Governo, à margem da inauguração da Escola do 1º ciclo da Lejana, em Faro, na passada semana, argumentando que a situação foi provocada por obras que ficaram paradas ou que tiveram que ser redimensionadas.

Uma posição que o deputado comunista não aceita, já que, salientou, cinco anos com aulas em contentores é muito tempo. «Há uma geração inteira de alunos que fez o secundário em escolas transformadas em estaleiros. Há que resolver isto depressa», ilustrou.

Além das escolas de Loulé e de Faro, também haverá aulas em contentores na Secundária de Silves, onde as obras recomeçaram em julho passado. Aqui, já estão concluídas e a funcionar algumas das novas estruturas, nomeadamente o pavilhão desportivo, e ainda a biblioteca, laboratórios e oficinas, instalados numa área que resulta da adaptação das antigas oficinas daquela escola.

 

PCP pede justificações ao Governo na Assembleia da República

Sul InformaçãoO Grupo Parlamentar do PCP avançou com duas iniciativas na Assembleia da República. Os comunistas pediram ao Governo uma justificação «para o atraso na conclusão das obras de requalificação da Escola Secundária de Loulé, que se arrastam há cinco anos letivos, e sobre as datas previstas para o recomeço e conclusão destas obras».

Por outro lado, questionaram o Ministério da Educação «sobre os motivos para que a Parque Escolar se esteja a preparar para recusar receber do empreiteiro espaços já concluídos na Escola Secundária João de Deus, levando a que centenas de alunos continuem a ter aulas, pelo quinto ano letivo consecutivo, em contentores».

«Ainda em relação ao Liceu de Faro, o PCP quer saber se o Governo «irá transmitir à Parque Escolar orientações para que esta receba do empreiteiro todos os espaços que se encontram concluídos e prontos a ser usados», que medidas serão tomadas para concluir as obras e quando isso irá acontecer.

maozorra

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