Fez hoje uma semana que a Travessia da Via Algarviana, organizada pela Associação Almargem, começou. Este sábado, o percurso estendeu-se pelo coração do Barrocal algarvio, entre Alte e Salir (16,2 km). Na sexta-feira, dia 18, a travessia há-de chegar a Alcoutim.
Sábado, 12 de abril, 8º dia de caminhada:
Por incrível que pareça, o dia acordou frio. Alte estava tranquila e pacata quando os caminhantes marcharam para o pequeno almoço numa pastelaria com muito bom gosto e um excecional pastel de nata.
Hoje, o grupo aumentou – é um efeito normal ao fim de semana – pelo que somos agora uma trintena de caminhantes.
O troço começou junto das Fontes de Alte, acompanhando a ribeira, numa paisagem típica do Barrocal de terra vermelha. Atravessámos depois a Ribeira do Freixo.
Cumprido o primeiro terço do caminho, chegámos a Benafim e repetiu-se um fenómeno que se está a tornar preocupante: acabámos com o stock de bifanas!
O troço continuou para Leste, sempre com a imponente Rocha da Pena presente no nosso lado esquerdo.
O terreno não tinha grandes inclinações, mas os afloramentos de rocha calcária esburacada traziam alguma dificuldade, agravada pelo calor e pela falta de sombras. É curioso que nesta zona se está a notar uma grande azáfama na marcação e delimitação dos terrenos com a colocação de marcos, até em zonas de mato.
Perto do final, passámos por várias noras e por povoações com gente, como Serro de Cima e de Baixo e Almarginho. Vê-se que as pessoas gostam de ver passar os caminhantes, há sempre um «bom dia!» ou «boa tarde!» alegre, metem-se connosco, admirando o nosso caminhar «à torreira do sol», como nos disse uma velhota numa dessas aldeias.
Hoje ficamos a pernoitar no ginásio da Escola EB 2,3 de Salir. Amanhã, segue a Via Algarviana. Será um percurso relativamente curto (14,9 km), mas sempre a subir, entre Salir e Barranco do Velho. Mas amanhã será um novo dia!…
