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municipio de odemira

Sul InformaçãoAssociações representativas de pescadores e mariscadores de Olhão e Faro querem ver diminuída a dimensão da Área Piloto de Produção Aquícola da Armona, alegando que, seis anos após a sua criação, «mais de 50 por cento da área ocupada pela APPAA não está a ser explorada».

A organização de Produtores OlhãoPesca e as associações Formosa e de Moradores da Ilha da Culatra voltaram a defender os impactos negativos deste projeto para a pequena pesca, defendendo que limita a atividade dos que se dedicam à pesca tradicional, mas também para o ambiente e questionaram o Governo sobre a viabilidade económica atual do projeto e se a sua dimensão se justifica.

Numa carta enviada ao secretário de Estado do Mar por estas organizações, é defendido que a APPAA «foi implementada numa importante área de pesca local e costeira, num corredor de navegação alternativo, bem como numa importante zona do sistema hídrico da Ria Formosa, ou seja, a barra natural do Lavajo», neste último caso, «a ponta poente do retângulo afeto ao projeto».

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Uma localização que «inibe a entrada e saída das embarcações para o mar em segurança e, com certeza, tem influência na circulação das águas, sedimentos e plâncton na Ria Formosa».

Sul InformaçãoOs pescadores locais criticaram o avanço do projeto, no local para onde foi idealizado, desde a sua implantação. «A zona piloto em questão ocupa uma área considerável do domínio público hídrico, (…) que provocou e continua a provocar impacto negativo no setor da pesca e aquicultura tradicional», lê-se no mesmo documento.

As três associações propõem, que «se proceda a uma análise de fundo, de forma a aferir se os objetivos da criação da APPAA foram efetivamente atingidos, bem como, a uma análise concreta de forma a redimensionar a APPAA, para assim libertar a extensa área que não está a ser explorada desde a sua criação».

E se as associações já mostram reservas quanto ao projeto piloto que está a ser desenvolvido frente à ilha-barreira de Olhão, mostram-se «surpreendidos» pela criação recente da Área de Produção Aquícola de Tavira.

«Mais uma vez, o Governo, a administração, implementa uma considerável área de produção aquícola, sem previamente escutar e/ou consultar os representantes do setor da pesca local e costeira, numa lógica de prevenção de conflitos de interesses entre usos ou atividades no espaço marítimo nacional», criticaram.

 

Redimensionar para dar espaço à pesca tradicional

Sul InformaçãoO pedido de redimensionamento da área está intimamente ligado ao facto de esta área de produção aquícola se situar sobre um sistema de recifes artificiais criado pelo Ipimar (que também lançou a APPAA) e a menos de 3 milhas da costa, zona que era usada pelos pequenos pescadores para desenvolver a sua atividade. «A pesca local e 80 por cento da pesca costeira são exercidas entre o quarto de milha e as 3 milhas a partir da costa», ilustraram as três associações no documento agora enviado ao Governo.

Segundo o que já havia revelado ao Sul Informação a Associação de Moradores da Ilha da Culatra (AMIC), a APPAA afeta comunidades piscatórias dos concelhos de Faro, Olhão e até de Tavira, com especial incidência nas da Culatra e da Fuzeta.

Em junho de 2013, a AMIC foi recebida pelo secretário de Estado do Mar, reunião em que defendeu que fosse feito um estudo sobre o «impacto social, económico e ambiental» da APPAA, para o qual o membro do governo terá mostrado abertura. No entanto, como ilustraram os moradores da culatra em nova missiva à tutela, em Agosto, continuou-se a atribuir licenças para aquele espaço de produção.

Neste processo, que incluiu diversas exposições para o ministério da Agricultura, do Mar e do Ambiente, a associação sempre afirmou não ser contra «as explorações de aquacultura ou outras», nem sequer contra a criação da área de Produção da Armona, «mas sim defensora da sua deslocalização ou redução».

 

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