O Ministério da Agricultura e do Mar fechou esta semana os núcleos de Aljezur, Alcoutim e Silves e as extensões de Lagos e Monchique da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve.
Assim, os serviços de Agricultura no Algarve ficaram confinados a Portimão, Faro e Tavira.
A situação foi denunciada pelo presidente do PS/Algarve, em comunicado. António Eusébio condena esta atitude governamental, que, na sua opinião, «revela um profundo desprezo pelos empresários do setor agrícola e prejudica gravemente os concelhos mais afastados dos serviços desconcentrados de Faro».
Os socialistas algarvios consideram que «as unidades em questão constituíam uma resposta indispensável às populações desses concelhos, cujos agricultores são maioritariamente idosos com baixos recursos, sem acesso a meios informáticos e sem transportes públicos disponíveis com regularidade para os locais de atendimento e apoio técnico mais próximos agora disponíveis».
Numa altura em que a agricultura algarvia «vive uma fase de renascimento, com novas culturas a implantarem-se, uma nova geração de empresários e novos investimentos em curso, muitos deles com fortes comparticipações comunitárias», este encerramento dos serviços desconcentrados e abandono dos concelhos mais periféricos é considerado pelo PS como «totalmente incompreensível, principalmente porque feito à revelia das autarquias locais e dos legítimos representantes das populações».
«No interesse superior das populações afetadas por esta decisão e do desenvolvimento sustentado do setor primário, o Governo deve promover a rápida resolução deste problema e reduzir a injustiça territorial do encerramento de serviços públicos nos municípios com menos população», salienta António Eusébio, em comunicado.
