A oposição foi unânime na sua reação ao anúncio de não demissão de Passos Coelho, exigindo a convocação de eleições antecipadas, por parte do Presidente da República.
Jerónimo de Sousa (secretário geral do PCP):
o Presidente da República «assume graves responsabilidades caso mantenha a sua posição de assistência» do «espetáculo pouco digno, que se verifica neste governo sem saída que de facto está derrotado».
«Nós consideramos que não há outra saída democrática digna que não seja a dissolução da Assembleia da República e consequentemente a marcação de eleições antecipadas», acrescentou.
António José Seguro (secretário geral do PS):
«Governo desmoronou-se, caiu na praça pública». «O primeiro-ministro perdeu o mínimo de autoridade política para governar»
«O que existe já não é um governo. Chega de fingir!»
O país chegou a uma situação politicamente «intolerável», sendo preciso «devolver a palavra aos portugueses» através de eleições legislativas.
«O Primeiro-ministro pode pretender perpetuar-se no cargo que exerce», mas «não percebe que perdeu a confiança do seu líder de coligação» e «perdeu a confiança dos portugueses».
João Semedo (coordenador do Bloco de Esquerda»:
«Esta coligação desapareceu».
«PSD e CDS governaram o país durante dois anos e deixaram-no num estado lamentável. Agora atiraram-no para um pântano político».
«O país está à espera que o PSD apresente uma moção de confiança no Parlamento», desafiou Semedo, que considerou que «o Governo está ferido de morte».
«O Presidente da República deve convocar eleições».
