Ivo Madeira, professor aposentado, licenciado em Economia, é o candidato escolhido pelo Bloco de Esquerda a presidente da Câmara de Olhão. O BE escolheu um candidato independente para dar a cara por uma proposta que, garante o partido, é de «seriedade, rigor, competência, transparência e trabalho interdisciplinar de equipa».
Já a lista do BE para a Assembleia Municipal é encabeçada pela «aderente e ativista do núcleo do BE de Olhão» Mónica Neto, advogada de profissão. As listas são maioritariamente compostas por elementos independentes.
O Bloco de Esquerda propõe um programa autárquico com o lema «Olhão sempre! – restaurar a confiança», que surge de um exercício «de democracia participada», nomeadamente a realização de um «inquérito à população e organização de jornadas temáticas com recolha de boas práticas institucionais e cívicas desenvolvidas no concelho». Ao mesmo tempo, foi efetuado um «levantamento documental e estatístico sobre o meio».
As linhas gerais da proposta são a «realização de uma auditoria às contas da autarquia e das empresas municipais e de uma avaliação técnica às políticas e projetos de enquadramento estrutural», a «melhoria da qualidade de vida, centrada na promoção do emprego e da economia local e no combate às situações de pobreza e de exclusão social» e a «aposta nas pessoas e na riqueza do meio, envolvendo as populações nos projetos e promovendo a proteção ambiental e a sustentabilidade dos recursos económicos locais», segundo uma nota de imprensa do BE/Olhão.
Os bloquista pretende apresentar «uma alternativa credível à negligência e abandono a que têm sido condenados os recursos e as populações locais, à falta de planeamento e de ordenamento estruturados e articulados e aos problemas de rigor e de transparência que têm caracterizado mais de trinta anos de gestão de um só partido».
