Please ensure Javascript is enabled for purposes of website accessibility
emarp

Sul InformaçãoO telescópio Planck, da Agência Espacial Europeia, lançado em 2009, revela uma imagem do Universo tal como era apenas 380 mil anos depois do Big Bang.

A cartografia mais detalhada de como era o Universo 380 mil anos depois do “Big Bang” foi divulgada esta quinta-feira, dia 21 de Março . O mapa do Universo agora apresentado baseia-se em dados recolhidos durante 15 meses pelo telescópio espacial Planck.

O telescópio Planck registou, por todo o espaço em seu redor, o registo fóssil dos primeiros fotões (partículas de luz) que surgiram no cosmos, depois de uma viagem de mais de 13 mil milhões de anos para chegarem até nós. Esses fotões chegam em radiação eletromagnética com a frequência das micro-ondas e correspondem ao que se designa por radiação cósmica de fundo.

sessões de cinema de inverno

No mapa agora obtido é possível identificar pequeníssimas variações na temperatura de diferentes pontos do Universo quando muito jovem. De acordo com o modelo cosmológico padrão, essas flutuações terão surgido durante um período breve de expansão acelerada do Universo, processo designado por inflação. Esses pontos mais quentes terão dado origem a todas as galáxias, incluindo, naturalmente, a nossa Via Láctea.

Sul Informação
O mapa da radiação fóssil do Big Bang obtido pelo telescópio Planck

Este mapa vai permitir aos astrofísicos fazer uma viagem no tempo até momentos muito próximos da origem do Universo, caracterizado por um fluído quente e denso constituído por protões, eletrões e fotões a uma temperatura de cerca de 2700ºC.

Quando os protões e os eletrões interagiram para formar átomos de hidrogénio, os fotões puderam “escapar”. É a luz desses primeiros momentos que foi agora melhor cartografada.

À medida que o Universo se expandiu, o comprimento de onda dessa luz foi “esticada” até às micro-ondas com uma temperatura de só 2,7 acima do zero absoluto e que hoje remanescem como ricos testemunhos desses “tempos”.

“Ousámos olhar o Big Bang de muito perto”, o que permitiu “uma compreensão da formação do Universo” vinte vezes melhor que antes, felicitou-se o diretor-geral da Agência Espacial Europeia (ESA), Jean-Jacques Dordain, apresentando em Paris os primeiros resultados do trabalho do Planck.

 

Autor: António Piedade
Ciência na Imprensa Regional – Ciência Viva

 

vamos à vila 2025
zoomarine

Também poderá gostar

Flores do campo_papoilas_Depositphotos_43081905_L

Flores existem na Terra há 123 milhões de anos, determina estudo feito em Portugal

Dinossauros e paleontologos em Messines_er_01

Paleontólogos investigam fósseis de dinossauros com 230 milhões de anos em Messines e na Penina

astronomia_Depositphotos_82833490_XL

Maio, mês de “chuva de estrelas”, no rasto deixado pela passagem do cometa Halley