A primeira fase da obra do Parque Ribeirinho de Faro vai ser consignada na sexta-feira, um ano após ter sido lançado o concurso público para esta empreitada. A intervenção vai ser atribuída à empresa Oliveiras S.A., custará cerca de 2,6 milhões de euros e tem um prazo de execução de 300 dias.
«No próximo ano Faro vai ter uma área de lazer ambientalmente recuperada permitindo a desejada abertura da cidade à Ria Formosa», ilustrou a Câmara de Faro, numa nota de imprensa. O Parque Ribeirinho de Faro, uma obra que teve uma primeira vida há mais de dez anos, sendo depois abandonada, vai estender-se por 16 hectares entre o Teatro Municipal e Montenegro.
Segundo a autarquia a obra contempla a construção de «várias praças, um anfiteatro ao ar livre com capacidade para 250 pessoas, observatórios de aves, equipamentos de restauração, percursos pedonais e cicláveis interpretativos e zonas de estadia».
Também se prevê «a instalação de mobiliário urbano e equipamento associado à intervenção – equipamentos lúdico/desportivos, iluminação pública e sinalização informativa, interpretativa e pedagógica, bem como a instalação de uma rede wireless no Parque, conciliando o contacto com a natureza com as novas tecnologias».
No âmbito desta intervenção prevê-se ainda a ligação pedonal e ciclável ao aglomerado do Montenegro e Aeroporto (integra um troço da Ecovia Litoral do Algarve), a partir do qual será garantida a ligação à Praia de Faro.
Esta será uma forma de proporcionar aos munícipes farenses e aos visitantes «o conhecimento da excelência ambiental e territorial desta área, reflexo de uma gestão sustentável dos recursos e dos valores naturais, prevendo o desenvolvimento de atividades de recreio e lazer e atividades relacionadas com informação, animação e sensibilização ambiental».
«Pelas suas características ambientais e pela diversidade dos equipamentos a instalar e as suas valências, estamos certos de que as riquezas da Ria Formosa serão preservadas e enaltecidas e que esta nova área de lazer irá tornar-se um lugar único do ponto de vista ambiental e cultural transformando-se num dos novos pontos de atração para moradores e visitantes», acredita a autarquia.
O projeto decorreu do concurso público promovido pela Sociedade Polis Litoral da Ria Formosa, S.A. e é da autoria do consórcio Site Plan/Land Design. O investimento global desta empreitada ascenderá a 3,5 milhões de euros, comparticipados a 85 por cento pela União Europeia.
Esta obra está há muito projetada e até já começou a ser feita, quando ainda era presidente da autarquia Luís Coelho. Com a saída deste autarca socialista, a obra foi suspensa e depois adiada sucessivamente.
O seu avanço foi um dos grandes trunfos utilizados pelo então presidente da Câmara de Faro José Apolinário, para justificar a entrada do município na Sociedade Polis Ria Formosa.
