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Sul InformaçãoO Fluviário de Mora tem seis novos habitantes, com o nascimento, pouco comum, de meia dúzia de bebés rãs-seta-venenosas, facto que duplica a população da espécie ali presente.

As belas e perigosas rãs-seta-venenosas-de-faixa-amarela, ou Pererecas – Dendrobates leucomelas – reproduziram-se em pleno habitat da galeria expositiva Habitats Exóticos daquele espaço.

O canto ou chamamento do macho desta espécie profundamente territorial é bem audível e já vinha a ecoar pela galeria expositiva do Fluviário de Mora desde há algum tempo. As suspeitas foram confirmadas pela equipa da biologia, através da presença de ovos em ninhos de folhas.

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As rãs-seta-venenosas-de-faixa-amarela possuem cuidados parentais prestados aos ovos e também aos girinos. Esses cuidados implicam a guarda dos ovos, virá-los, transporte de ovos e girinos para pequenas bolsas de água, entre outros.

Esta espécie, que ocorre na Floresta Tropical Amazónica – Venezuela, Guiana, Colômbia e Brasil – necessita de elevados níveis de humidade relativa do ar e procura locais próximos de cursos de água doce.

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Os ovos das rãs-seta-venenosas

Os adultos desta espécie raramente ultrapassam os 4 centímetros e alimentam-se de presas de pequenas dimensões. A sua dieta é composta por artrópodes como formigas, escaravelhos e moscas-da-fruta.

Existem evidências científicas que indicam que as toxinas presentes nesta e noutras espécies de rãs-seta-venenosas provêm de alguns dos artrópodes de que se alimentam. Posteriormente, essas toxinas serão modeladas e segregadas pelo metabolismo das pererecas.

Há alguns estudos sobre a possível aplicação destas toxinas no campo da medicina, mas foi a sua utilização pelas tribos ancestrais da Floresta Tropical Amazónica que possivelmente despertou a curiosidade da ciência. A pressão exercida sobre as Florestas Tropicais é uma realidade que ameaça um património natural, e por isso também humano, de valor inestimável.

O conhecimento sobre esta e muitas outras espécies é fundamental para a conservação da natureza e biodiversidade, e para contrariar o declínio a que todos os anfíbios estão cada vez mais sujeitos devido a várias ameaças, como a destruição do seu habitat natural.

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