Sarah FitzSimons e José Carlos Teixeira apresentam “Ponto e Coordenada” na vila medieval de Monsaraz

Sarah FitzSimons e José Carlos Teixeira apresentam até ao dia 19 de agosto na Casa da Inquisição, na vila medieval […]

Sarah FitzSimons e José Carlos Teixeira apresentam até ao dia 19 de agosto na Casa da Inquisição, na vila medieval de Monsaraz, a exposição de fotografia e vídeo “Ponto e Coordenada”.

Esta mostra organizada pelo Município de Reguengos de Monsaraz está integrada no ciclo de exposições Monsaraz Museu Aberto e pode ser apreciada diariamente entre as 10h e as 12h30 e das 14h às 18h00.

As fotografias e os vídeos de Sarah FitzSimons e de José Carlos Teixeira são provenientes de projetos recentes, cujos conceitos em comum são a relação do corpo com a arquitetura (tanto física como psicologicamente) e a relação da arquitetura com o lugar. Para Sarah FitzSimons, lugar enquanto espaço natural, geográfico e geológico, e para José Carlos Teixeira enquanto espaço urbano, político e histórico.

Reunidos pela primeira vez em colaboração artística, o seu objetivo é também dialogar com a arquitetura específica e a carga histórica da Casa da Inquisição, que acolhe esta exposição que esteve também patente na bienal cultural Monsaraz Museu Aberto.

Sarah FitzSimons apresenta nesta mostra “House for MandØ”, em que a artista desenha com tubos de alumínio uma casa a três dimensões, em escala real, implantando-a numa planície de maré no Mar de Wadden (Dinamarca).

A escultura é aplanada através do processo fotográfico, em que as fotos em exibição revelam a metamorfose desta estrutura tridimensional num desenho bidimensional, gerando uma noção de espaço e escala ambíguas. As imagens documentam uma paisagem em permanente mutação, na qual o mar avança e invade portas e paredes, sem qualquer telhado a proteger dos elementos.

José Carlos Teixeira apresenta “Being Other (a new community)”, que consiste num vídeo desenvolvido pelo artista e um grupo de colaboradores na Bienal de Kaunas 09 (Lituânia). Através de uma viagem que os levou até um hotel abandonado dos tempos soviéticos, cada participante expressa sentimentos de pertença ou não-pertença.

Ao longo de onze minutos, a voz e a presença de um arquiteto cruza-se com a estranheza de um edifício inacabado e a sua relação com os corpos que o habitam. Conduzindo-nos a distintas metáforas, o projeto também introduz a correlação entre lugar negligenciado e o desvelar de aspetos íntimos e psicológicos.

Sarah FitzSimons nasceu em Cleveland, nos Estados Unidos da América, país onde vive e trabalha. A artista combina a escultura, a instalação, a fotografia e o vídeo para criar obras que vão desde intervenções temporárias a esculturas mais permanentes. Os seus projetos integram frequentemente oceanos, desertos, rios, ou montanhas, explorando as colisões entre o físico e o metafórico.

José Carlos Teixeira nasceu no Porto, mas vive e trabalha nos Estados Unidos da América. O artista tem-se dedicado predominantemente ao vídeo-ensaio e à vídeo-instalação, onde investiga e problematiza conceitos de identidade, alteridade, linguagem, limite, fronteira, exílio e deslocação.

Recorrendo habitualmente a estratégias de participação e de performance, equaciona ideias relacionadas com a formação cultural e identitária, os limites dos espaços pessoais e sociais e a definição de território físico e mental.

José Carlos Teixeira tem participado em projetos, exposições e festivais em Portugal, Espanha, França, Bélgica, Alemanha, Escócia, Suécia, Noruega, Lituânia, Rússia, Chipre, Estados Unidos da América, Brasil, Singapura, África do Sul, Moçambique, Angola e Cabo Verde.

 

 

 

 

 

 

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