As cerca de três toneladas de haxixe apreendidas na Costa Alentejana, na zona de Odemira, durante uma operação que permitiu capturar nove presumíveis traficantes, deverão valer, a preço de mercado, nove milhões de euros, disse hoje a Polícia Judiciária.
Este valor foi adiantado durante uma conferência de imprensa conjunta da PJ e da sua congénere espanhola, já que a rede agora desmantelada envolve traficantes de ambos os lados da fronteira.
Joaquim Pereira, coordenador da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da PJ, anunciou mesmo que deverá haver ainda «novas detenções» em Portugal e Espanha, culminando uma investigação que já dura há mais de um ano.
Dos nove suspeitos, três são espanhóis e seis portugueses. Destes, quatro tinham um grau de parentesco – dois pais e dois filhos.
Desta operação resultou também a morte de um décimo elemento do grupo, que Joaquim Pereira presume tratar-se de um galego.
O homem morreu quando os outros elementos se aperceberam da presença das autoridades e tentaram fugir, tendo caído dos flutuadores da lancha rápida e sido apanhado pelas hélices, morrendo no local.
O haxixe era proveniente do Norte de África, presumivelmente de Marrocos, e seguiu por mar até à costa de Odemira. Aí os suspeitos iam descarregá-la para um barracão, de onde depois seria transportada para Espanha, por via terrestre.
Os nove detidos ficaram em prisão preventiva.
