Seis homens foram ontem apanhados pela Polícia Marítima de Lagos e Portimão a fazer a apanha ilegal de um tipo raro de coral vermelho de águas profundas, com recurso a equipamento sofisticado de mergulho profundo.
Segundo a Polícia Marítima, os suspeitos – três portugueses e três espanhóis – tinham montado uma operação muito sofisticada, já que contavam mesmo com o apoio de uma câmara hiperbárica, instalada a bordo de uma das embarcações, espanhola, permitindo mergulhos a profundidades de 90 metros.
Foram ainda apreendidos cerca de 32 quilos de coral vermelho, com várias centenas de anos (este cálculo estimado da idade, teve em consideração o tamanho dos espécimes capturados e a taxa normal de crescimento de 1 cm em cada 10 anos).
Durante a operação de combate à depredação de recursos naturais protegidos, a autoridade marítima apreendeu também as três embarcações – uma espanhola e duas portuguesas-, e constituiu arguidos os seis homens suspeitos da prática do crime de dano contra a natureza.
O coral vermelho de águas profundas é uma espécie rara, usado em joalharia, com um preço de mercado estimado nos 1000 euros por quilo, em estado bruto, podendo atingir valores entre 20 e 30 mil euros, por quilo, após trabalhado.
