A Diocese do Algarve vai apresentar hoje, sexta-feira, a nova equipa da Pastoral do Turismo da Diocese do Algarve. Dona de um extenso património na região, a Igreja Católica vai começar a trabalhar para atrair mais visitantes aos espaços que gere e tentar aumentar a visibilidade das Sés, igrejas e de outro património, bem como das festividades religiosas no mapa turístico algarvio.
Esta intenção já havia sido avançada pelo Bispo do Algarve Dom Manuel Quintas no programa radiofónico Impressões, dinamizado em conjunto pelo Sul Informação e pela Rádio Universitária do Algarve RUA FM. Hoje, pelas 17 horas, serão apresentados os rostos que irão dinamizar este projeto, na capela do Paço Episcopal, em Faro.
«É possível conciliar o património religioso com o turismo e esperamos que seja cada vez mais possível. Estamos neste momento a avançar com a constituição de uma equipa ligada ao turismo, que tem no seu projeto essa conciliação», revelou Dom Manuel Quintas, em dezembro passado.
«Julgo que essa é uma vertente que não tem sido suficientemente explorada aqui na Diocese. Tem sido explorada, mas não de uma maneira estruturada e organizada. Tem sido mais pontual, mais forte numas paróquias que outras. Até porque há igrejas que atraem mais que as outras, pela sua beleza, pela sua riqueza e pela sua referência histórica», considerou.
Na sessão de hoje, vai igualmente ser apresentado o site da Pastoral de Turismo, «ferramenta indispensável para a promoção e divulgação do que acontece e existe no Algarve, junto de públicos nacionais e estrangeiros», segundo um comunicado da Diocese do Algarve.
Na mesma nota de imprensa, a Diocese do Algarve adiantou que quer, com esta equipa na área do turismo, «marcar uma posição neste contexto, contribuindo de forma ativa para a promoção da região como um destino com outras potencialidades que não se esgotam no Sol e Mar, assumindo-se como parceira neste mundo e stakeholder empenhado na divulgação do que de melhor somos e temos, de modo muito especial no mundo religioso».
Dom Manuel Quintas lembrou, por seu lado, que se costuma dizer que «um povo sem memória histórica é um povo sem identidade». «Mesmo as camadas mais jovens estão a interessar-se cada vez mais por essas referências que podemos encontrar nos monumentos», considerou.
Para já, a disponibilidade das igrejas para serem visitadas por turistas ainda depende muito do voluntariado e de «se encontrar alguém na comunidade que se disponibilize» para estar nos templos. «Seria bom que pudéssemos empregar pessoas, para que as paróquias pudessem ter uma pessoa ao longo do dia. Mas não temos capacidade financeira para isso. Mas temos conseguido em alguns locais, até em parceria com as autarquias e juntas de freguesia. É algo que está a crescer», disse o Bispo do Algarve.
A partir das 17h00 desta sexta-feira, ficará disponível toda a informação da Pastoral do Turismo no site www.turismo.diocese-algarve.pt