Heliporto de Loulé vai para obras para poder ser usado à noite quando helicópteros do INEM podem parar

A possibilidade de supressão do serviço noturno de três dos cinco helicópteros ao serviço do INEM é real, disse segunda-feira […]

A possibilidade de supressão do serviço noturno de três dos cinco helicópteros ao serviço do INEM é real, disse segunda-feira o presidente daquela instituição, mas o presidente da Câmara de Loulé – onde se encontra o heliporto que serve o sul do país – espera encontrar “bom senso”, tanto mais que no início do ano se deverão iniciar obras no valor de 600 mil euros, que foram solicitadas pelo Governo, “em resultado da alteração da legislação aeroportuária e precisamente para permitir a utilização durante a noite”.

Segundo disse Seruca Emídio ao Sul Informação, “esta foi uma solicitação feita no ano Verão passado, para permitir a utilização do heliporto durante as 24 horas”.

Essa solicitação, refere, “foi aceite pela autarquia e o investimento conta com a comparticipação da União Europeia, e tendo em conta que os processos de adjudicação levam tempo, a obra deverá avançar no início do ano”.

De acordo com o presidente da autarquia, “o processo não pode voltar para trás, até porque já há verbas comprometidas”, pelo que “a situação não faz muito sentido”. “Há alguma coisa que não foi analisada”, conclui.

De qualquer forma, o autarca ressalva que não há, para já, qualquer “indicação ou contacto oficial”, sendo que uma “eventual decisão deverá sair até final do ano”, mas acredita que “ainda não há qualquer posição decidida” e o Algarve justifica ter este tipo de infraestrutura no ativo e 24 horas por dia, tanto mais que, “apesar de estar em Loulé, o heliporto serve todo o Algarve e o Alentejo, numa população de mais de 600 mil habitantes”.

Também segundo Seruca Emídio, “é fácil compreender a situação do país e a necessidade de ser mais rigoroso nos gastos e recursos, mas esta é uma decisão que não pode ser tomada meramente do ponto de vista técnico”.

O autarca entende que há outros caminhos para poupar e um deles até foi mostrado por um membro do Governo. “O que deverá ser revisto é o contrato feito com a empresa de helicópteros: 10 milhões de euros, de facto, é muito dinheiro. O ministro da Defesa já levantou a possibilidade de, por exemplo, este transporte ser feito pelas nossas Forças Armadas…”.

O presidente da Câmara de Loulé espera que o “bom senso e interesse nacional prevaleçam”, mas de qualquer forma espera lóbi regional e vai “fazer contactos” para os fazer valer.

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