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Sul InformaçãoA União de Sindicatos do Algarve (USAL) faz um balanço «muito positivo» da Greve Geral desta quinta-feira, onde se destacou a forte adesão de alguns setores privados, como o comércio e serviços. O líder desta estrutura sindical António Goulart considerou a adesão «muito significativa» e considera que há motivos para o Governo repensar as medidas de austeridade previstas.

António Goulart falou com o Sul Informação à margem da manifestação convocada pela USAL em Faro, onde se chegaram a juntar algumas centenas de pessoas. Muitas faixas com frases de ordem, bandeiras e até cartazes aparentemente improvisados de cidadãos deram cor à principal concentração realizada ontem na região.

«Milhares e milhares trabalhadores algarvios dos mais variados setores participaram na Greve Geral, quer do setor público, quer do setor privado. E sobretudo em setores vitais, dando uma expressão muito grande a este protesto», considerou António Goulart.

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O sindicalista frisou, desde logo, o impacto da greve «no setor da aviação», que deixou em terra todos os aviões comerciais que deviam levantar ontem do Aeroporto de Faro. Também sublinhou «o facto dos Portos e Barras do Algarve estarem fechados», bem como a paralisação da quase totalidade da frota pesqueira e a adesão dos trabalhadores das lotas.Sul Informação

Se em muitos casos a adesão é já tradicional – basta referir o setor ferroviário, onde só foram garantidos os serviços mínimos, bem como outros organismos da Função Pública, como escolas -, noutros, chegam como uma surpresa.

No comércio, destaque para adesão dos trabalhadores da empresa Auchan. «No Jumbo Box a adesão chegou aos 90 por cento», revelou António Goulart. Também houve forte adesão dos trabalhadores de Instituições Particulares de Solidariedade Social.

«Nas semanas que antecederam este protesto, andámos por toda a região a falar com milhares de trabalhadores de centenas empresas. Muitos não puderam estar aqui hoje, mas solidarizaram-se com o nosso protesto», referiu.

As razões para não aderir à Greve Geral foram diversas, explicou o presidente da USAL. Desde a necessidade de cumprir serviços mínimos até ao «medo de represálias» por parte dos empregadores, principalmente entre os «trabalhadores precários», houve muitos que não puderam aderir.

Sul Informação«Esta greve teve atitudes por parte de certas entidades patronais muito pouco condignas. Nós assistimos a pressões sobre os trabalhadores, a mudanças dos horários de trabalho e a deslocação de pontos de trabalho, para impedir que os trabalhadores aderissem à greve ou que os piquetes de greve os pudessem contatar», revelou.

«Muitos trabalhadores que fizeram esta greve fizeram-no com muito sacrifício. Vivemos tempos difíceis, mas apesar do sacrifício de perder um dia de ordenado, estiveram na luta», frisou.

«O fundamental é que fizemos uma Greve Geral que mexeu com a região e que contribuiu para o conjunto de protestos e manifestações feitos a nível nacional. Mas também serviu de aviso ao Governo que não pode e não deve seguir por um caminho que os trabalhadores e toda a gente já percebeu que é de sacrifício para os trabalhadores e não para as grandes fortunas, para as grandes empresas e para o setor financeiro», resumiu António Goulart.Sul Informação

 

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