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Sul InformaçãoO presidente da Câmara de Monchique Rui André tem receio que o Governo esteja a ser alvo de pressões de lóbis para que a exploração de feldspato avance no concelho. O receio do autarca é fundamentado na resposta do gabinete de Álvaro Santos Pereira, ministro da economia, a um pedido de esclarecimento apresentado pelo deputado do PCP Paulo Sá sobre a prospeção e pesquisa daquele mineral da serra de Monchique.

Na resposta do gabinete de Álvaro Santos Pereira ao deputado do PCP, a que o Sul Informação teve acesso, lê-se que «o Estado português é muitas vezes questionado sobre os motivos que levam ao não aproveitamento mais efetivo de um recurso com um potencial económico e social tão elevado, sendo que existem inclusivamente estudos efetuados pela Universidade do Algarve que referem a possibilidade de existência das chamadas “terras raras”, que tanto escasseiam em todo o mundo».

É este ponto, o 13º de um conjunto de 21 que o Ministério da Economia e do Emprego dedica ao tema, que faz o autarca monchiquense temer que as questões citadas pelo gabinete de Álvaro Santos Pereira sejam feitas por lóbis.

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Para Rui André, que falou com o Sul Informação, este ponto «dá a entender que o Governo está a ser pressionado por lóbis, o que é grave».

O autarca monchiquense também não gostou de ver que, na resposta dada pelo gabinete de Álvaro Santos Pereira, os argumentos apresentados pela autarquia contra essa possibilidade tenham sido citados como um parecer, que indicaria que, «com as necessárias cautelas relativamente às questões evidenciadas, os trabalhos de prospeção e pesquisa podem vir a ter lugar».

Segundo o autarca, «houve uma má interpretação da posição da autarquia que, de forma hábil, foi invertida».

Rui André já enviou uma carta, no dia 18 de outubro, a Álvaro Santos Pereira a pedir uma audiência sobre o tema e a solicitar esclarecimentos sobre a referência à tomada de posição da autarquia, «nomeadamente sobre quem emitiu e transmitiu [ao ministro] essa falsa informação no que diz respeito ao “parecer” da Câmara Municipal de Monchique».

Na mesma missiva, o autarca explica ainda que «o Município de Monchique nunca foi consultado, oficialmente, para este efeito, tendo sim, por auto-iniciativa, promovido um amplo debate sobre a matéria, decidindo, em fase de audiência de interessados, manifestar a sua inequívoca desaprovação das possíveis prospeções e pesquisas na área do concelho».

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