Fluviário de Mora firma protocolo com ICBN para recuperar Saramugo

O Fluviário de Mora firmou um protocolo com o Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB) para a recuperação […]

O Fluviário de Mora firmou um protocolo com o Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB) para a recuperação e conservação do Saramugo, um pequeno peixe endémico em risco de extinção.

O acordo prevê a cedência de exemplares para exibição ao público, mas, sobretudo, a cedência de exemplares em número suficiente que permitam a reprodução da espécie nas instalações do Fluviário e a constituição de um núcleo populacional que garanta a manutenção da diversidade genética que ainda subsiste nas populações selvagens.

Está ainda consagrado o papel do Fluviário na divulgação da espécie junto do grande público e da colaboração com o Parque Natural do Vale do Guadiana em ações de captura de espécies exóticas e invasoras.

O Saramugo é o mais pequeno ciprinídeo da ictiofauna portuguesa, não ultrapassando os 7cm. É um endemismo ibérico, que ocorre na bacia do Rio Guadiana e cujas populações têm vindo a declinar aceleradamente, consequência da degradação e redução do seu habitat natural e da introdução de espécies exóticas, estando mesmo em risco de extinção.

Com uma categoria de conservação de “Criticamente em Perigo”, tem sido bandeira do Fluviário desde a sua abertura.

Mais de 450 mil pessoas puderam ver e ficar a conhecer a espécie e as ameaças a que está sujeita porque visitaram o Fluviário de Mora, “estando assim demonstrado o importante papel dos Aquários e Parques Zoológicos na Conservação das espécies”, disse o presidente do Conselho de Administração José Manuel Pinto.

“Além do importante papel activo através de programas de reprodução em que participam ou desenvolvem, aqueles espaços desempenham um papel insubstituível, tantas vezes desprezado, na formação e educação dos milhares de pessoas que nos visitam todos os anos, contribuindo para a mudança de consciências e atitudes necessária a uma atitude próativa na conservação daquele que também é o seu património, e como agente facilitador do envolvimento das populações locais nas estratégias de conservação”, finalizou.

Com mais de 500 peixes de 55 espécies diferentes de todo o mundo em habitats naturais, aquáticos e terrestres, num percurso entre a nascente e a foz de um rio, o Fluviário de Mora já recebeu, desde Março 2007 mais de 550 mil visitantes.

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